TSE proíbe candidato de impulsionar link com o nome de adversário
O serviço é vendido por motores de busca como o Google

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na noite dessa terça-feira (27) o detalhamento das regras que se aplicam às eleições municipais de outubro. Entre as novidades, os ministros decidiram restringir a utilização de buscas patrocinadas usando o nome de candidato adversário como palavra-chave.
Há algumas eleições, o TSE já permite o uso de serviços de impulsionamento em buscas da internet. O serviço é vendido por motores de busca como o Google, e permite que as pesquisas por determinadas palavras-chave retornem conteúdo pago entre os primeiros resultados.
As normas preveem limitações, como a proibição de impulsionamento de conteúdo negativo sobre adversário ou o próprio pleito eleitoral.
Neste ano, pela primeira vez, foi proibido também impulsionar conteúdo positivo próprio, mas utilizando como palavra-chave o nome, a alcunha ou o apelido de candidato adversário. A vedação inclui também termos ligados a partidos, federações e coligações adversárias.
O tema ainda não tinha alcançado consenso no TSE, e a jurisprudência possui decisões conflitantes, a depender da composição da bancada de votação. Em alguns julgamentos, os ministros permitiram, por maioria, o impulsionamento de buscas com o nome de adversário.
Um julgamento para pacificar a jurisprudência chegou a ser iniciado, mas foi interrompido por um pedido de vista (mais tempo de análise). Nesse processo, há três votos favoráveis para autorizar o patrocínio de conteúdo com o nome de adversário, desde que somente material positivo sobre o candidato que contrata o serviço.
“Não entendo que essa hipótese de impulsionamento seja uma hipótese que merece ser proibida”, disse nessa terça (27) o ministro Floriano de Azevedo Marques, que votou contra a vedação. “A pesquisa vinculada ao impulsionamento positivo dá mais condições ao eleitor de aferir os méritos do candidato que ele pesquisou e do candidato que está impulsionando o conteúdo”, argumentou.
A maioria, contudo, votou por vedar esse tipo de impulsionamento. Relatora das regras eleitorais, Cármen Lúcia disse que a proibição é o entendimento da maioria dos ministros titulares atuais, todos presentes no plenário, enquanto que o entendimento pela autorização havia sido votado por composições anteriores do tribunal.
O ministro André Ramos Tavares defendeu a proibição. “A pessoa busca o candidato A e vai aparecer informações do candidato B. Ainda que seja [material] positivo, vamos ter como resultado um certo falseamento da busca”, disse.
Também seguiram a relatora a ministra Isabel Galotti e o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que em ocasião anterior chamou o impulsionamento com nome de adversário de “verdadeiro estelionato parasitário”.
Mais notícias
-
Justiça21h59 de 25/10/2025
Justiça da Bahia interdita clínica de reabilitação por maus-tratos a 89 pessoas
MP-BA determinou interdição da Comunidade Terapêutica CT Vidas, que funcionava clandestinamente em Ipirá
-
Justiça18h08 de 25/10/2025
Justiça mantém prisão de influenciadora ‘ervoafetiva’ após audiência de custódia
Investigada por tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro, Melissa Said passou por audiência de custódia neste sábado (25)
-
Justiça08h40 de 22/10/2025
Instituto de André Mendonça fatura milhões em contratos públicos
Instituto começou as operações em 2023 e já tem receita de R$4,8 milhões
-
Justiça08h12 de 22/10/2025
STF decide reabrir investigação contra presidente do PL por golpe
Valdemar Costa Neto foi indiciado pela PF mas PGR não fez denúncia
-
Justiça07h44 de 22/10/2025
STF publica decisão que condenou Bolsonaro e abre prazo para recursos
Ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão; advogados de defesa têm cinco dias para apresentar os embargos de declaração
-
Justiça06h50 de 22/10/2025
Luiz Fux pede para deixar Primeira Truma do STF
Pedido também implica no afastamento do Ministro do julgamento da trama golpista
-
Justiça21h55 de 21/10/2025
STF condena sete militares e um civil por participação em trama golpista
Sessão do Supremo segue para definição das penas de cada condenado
-
Justiça21h20 de 21/10/2025
Nova gestão do TRT-BA toma posse em 5 de novembro
Desembargadora Ivana Mércia Nilo de Magaldi assumirá a presidência da Corte para o biênio 2025-2027
-
Justiça11h07 de 21/10/2025
STF retoma julgamento do núcleo 4 da trama golpista; assista
Ministros podem definir nesta terça-feira (21) pela condenação ou absolvição dos sete réus
-
Justiça14h00 de 19/10/2025
Justiça rejeita pedido para barrar gastos da União com viagens de Janja
Decisão apontou ausência de indícios de ilegalidade ou dano ao patrimônio público










