Publicado em 02/06/2025 às 15h51.

Do Brasil aos EUA: diretora brasileira Roxy Fernandez conquista espaço no cinema internacional

Roxy Fernandez aposta em estética autoral para marcar sua estreia como cineasta

Redação

 

A atriz e diretora brasileira Roxy Fernandez, decidiu atravessar fronteiras em nome da arte. Conhecida por sua atuação em curtas e média-metragens do cinema nacional independente, como o elogiado “O Céu de Thaynara”, a artista agora vive uma nova fase da carreira nos Estados Unidos, onde desenvolve seu primeiro filme como diretora: o curta-metragem “Hurt”. A produção, em estágio avançado de criação, mergulha em temas atuais como ansiedade e o papel da mulher na sociedade contemporânea. A obra combina o olhar sensível da atriz com sua crescente maturidade como cineasta.

Nascida Amanda Fernandes, a artista adotou o nome artístico Roxy Fernandez como forma de marcar sua identidade autoral, definida por três pilares: foco, determinação e força. Com formação em Teatro, Televisão e Cinema pela Escola de Atores Wolf Maya, e técnica habilitada em teatro, Roxy iniciou sua trajetória artística ainda jovem, aos 17 anos, após desistir do curso de Direito para se dedicar integralmente à arte. Antes de consolidar seu lugar no audiovisual, também atuou como modelo comercial e de maquiagem.

A mudança para os EUA marca não apenas uma transição geográfica, mas também criativa e existencial. “Vivo 100% da arte. O cinema, para mim, é um encontro de almas. É onde posso transformar sensações em imagens e silêncios em discurso”, diz Roxy.

Ao longo de sua formação internacional, estudou cinema na Argentina, Chile e Estados Unidos, experiências que ampliaram sua visão estética e política da linguagem audiovisual. Suas maiores influências vêm do surrealismo e do cinema autoral, com fortes referências a nomes como Jean-Luc Godard, Luis Buñuel, Quentin Tarantino, Angelina Jolie e Martin Scorsese. A diretora tem especial apreço pela estética em preto e branco e pela força simbólica das imagens, inspirada em obras como A Idade do Ouro (1930).

Atualmente, Roxy também é membra da Academia Brasileira de Cinema, votante no Prêmio Grande Otelo e integra a comissão de escolha do Oscar para definir o filme brasileiro indicado à premiação internacional. Mesmo fora do país, mantém um olhar atento sobre o fomento cultural no Brasil, com interesse em políticas públicas, leis de incentivo e editais de fomento ao cinema.

Além de “Hurt”, que está sendo produzido nos EUA, a diretora prepara o lançamento de seu primeiro curta-metragem no Brasil com estreia prevista para o final de 2025. “Quero contar histórias que incomodam e curam. Histórias que nos façam lembrar que sentir também é político”, afirma. Com um percurso marcado por coragem, estética apurada e compromisso social, Roxy Fernandez representa uma nova geração de cineastas brasileiras que ousam ocupar o mundo com sua voz.

 

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