Publicado em 16/11/2023 às 15h44.

Encontro debate função da mãe no fortalecimento da criança preta contra o racismo

Mãe Protege Criança Preta contra o Racismo" é uma iniciativa da empresa Mãe Preta Amarela - Hub de soluções para a maternidade da criança preta

Redação

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A criança preta é a vítima mais vulnerável do racismo estrutural brasileiro pois ela é atingida muito cedo pela desumanização. Pesquisas indicam que crianças pretas começam a perceber o racismo ainda muito bebês, quando entendem que são tratadas de forma diferenciada em comparação com outras crianças não pretas.
Para ajudar as mães dessas crianças pretas a minimizar os efeitos do racismo na infância, acontece, no dia 30 de novembro, das 15h às 18h, no espaço Casa Vale do Dendê (Pelourinho), o encontro gratuito “Mãe Protege Criança Preta contra o Racismo”.
Durante o encontro haverá dois painéis. O primeiro deles “História Afro-brasileira” vai oferecer informações sobre a história afro-brasileira, para que as mulheres entendam a força da sua ancestralidade e a importância do povo preto na formação da sociedade brasileira.

No segundo painel, “A necessidade do cuidado”, será apresentado um panorama sobre a autoestima da criança preta e como agir para fortalecê-la. Toda mãe quer proteger sua criança e as mães de crianças pretas precisam de uma habilidade a mais que é trabalhar a resiliência de sua filha ou filho que vai lidar ao longo da vida com desafios racistas. A diferença é que a criança preparada tem chances muito menores de ser aniquilada e ter suas potencialidades eliminadas pelo racismo na mais tenra idade.
Vale ressaltar que, quando a mãe da criança preta também é uma mulher preta, ela precisa cuidar das suas feridas adquiridas na infância, quando muito provavelmente sofreu insultos racistas e discriminação, além de invisibilização e falta de protagonismo na escola. Por conta disso, dentro do segundo painel haverá espaço para o auto-cuidado da mãe.
Negócio Mãe Preta Amarela – O encontro é uma promoção da empresa Mãe Preta Amarela, um negócio de impacto social conectado com as ODS Igualdade de Gênero e Redução das Desigualdades que oferece soluções para a maternidade da criança preta. Criado em 2020 – no auge da pandemia de Covid-19 – pela jornalista Giovanna Castro, mãe de Valentina, uma menina preta retinta de 10 anos de idade, o hub Mãe Preta Amarela oferece acolhimento, informações e conexão entre mães de crianças pretas de 18 estados brasileiros.
A ocasião é também uma oportunidade de lançar a mais nova etapa do negócio, em que as mães vão ter a chance de obter – além de conexão, informações e acolhimento – conhecimento sobre Autocuidado, Psicologia Preta, Letramento Racial, Maternidade solo, Políticas afirmativas, Pedagogia afrocentrada, História da África, História Afro-brasileira e apoio jurídico.
Para acompanhar as ações do negócio Mãe Preta Amarela, basta seguir @maepretaamarela nas redes sociais.

 

O que é: Encontro “Mãe Protege Criança Preta contra o Racismo”
Onde: Espaço Casa Vale do Dendê (Pelourinho)
Horário: 15h/18h
Inscrições: Sympla (acesso gratuito)

ABERTURA
– Ieda Leal Secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal

Painel 1
“História Afro-brasileira”
Daniela Torres – Mulher negra, educadora há mais de 20 anos. Premiada em 14 edições da Olimpíada Nacional de História do Brasil. Especialista em Ensino Remoto, Metodologias Ativas, EAD e Educação Especial, certificada pelo ℑ (IB). Adepta de uma Educação Antirracista e psicopedagoga
Painel 2
“A necessidade do cuidado”
2.1 Cuidado da mãe de criança preta
– Roberta Evelyn pedagoga, professora, mestre em Inclusão e Diversidade, autora de “Mãe-Solo Guerreira Uma Ova” especialista em questões de raça, gênero e etnias
– Josymar Barbosa – Especialista em inteligência emocional e comportamental, Pós-graduado em inteligência emocional, coaching e neurociência. Autor do livro O Quarteto da Felicidade
2.2 Autoestima da criança preta
– Flávia Fernanda – Psicóloga e Psicanalista. Formação em Psicanálise da Prática Clínica com Crianças – Instituto Viva Infância. Colaboradora e Pesquisadora em Psicanálise e Laço Social pelo PSILACS – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
– Renato Carvalho – professor e doutorando da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) na área de estudos sobre crianças de terreiro e sua transição para o ambiente escolar

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