Publicado em 22/08/2022 às 21h35.

Fertilização in vitro também pode ser utilizada para tratar anemia falciforme

Dra. Sofia Andrade, médica especializada em reprodução humana.

Redação

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A anemia falciforme – doença caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos do sangue – é uma doença que reduz de maneira significativa a qualidade e expectativa de vida. Ela é hereditária e tem maior probabilidade de acontecer em pessoas negras. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 8% nos negros sofrem com o problema. A boa notícia é que o planejamento de uma gestação por meio da fertilização in vitro (FIV) associada ao teste genético pré-implantacional pode ser uma solução para a doença. Apesar da grande demanda pela FIV por parte de casais que sofrem com problemas de infertilidade, a técnica também pode ser utilizada para salvar vidas.
“O transplante de medula óssea é indicado para tratamento do problema, porém, no nosso país, o banco de doadores de medula ainda é muito restrito, dificultando a identificação de um doador compatível”, explica Dra. Sofia Andrade, médica especializada em reprodução humana. “Daí o porquê da busca pela fertilização in vitro, associada a uma biópsia do embrião. Com esse estudo é possível saber se o embrião será 100% compatível com o paciente que precisa da doação de medula”, complementa.

Após o nascimento do bebê, é feita a coleta do material por meio do cordão umbilical necessário para o transplante. “O material será então congelado enquanto os exames do paciente com anemia falciforme serão atualizados”, detalha Dra. Sofia Andrade.

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