Publicado em 22/11/2024 às 00h12.

Projeto “Bonecas Pretas” resgata as histórias de mulheres negras e transforma a educação

O projeto é uma ação do Villa Global Education, desenvolvido com o objetivo de enriquecer a educação e promover a representatividade negra no ensino

Redação

O projeto “Bonecas Pretas” é uma iniciativa que busca dar visibilidade a mulheres negras cujas histórias foram apagadas ou esquecidas pela história oficial. Em um país onde as trajetórias dessas mulheres ainda são raramente ensinadas nas escolas, o projeto surge como uma oportunidade de mudar essa realidade e oferecer um novo olhar sobre a formação da sociedade brasileira.

Idealizado pela Profª Daniela Torres, o projeto nasceu da constatação de que as histórias de mulheres negras são escassas nos materiais pedagógicos. Para preencher essa lacuna, a equipe do Villa Global Education se dedicou a pesquisar e resgatar a memória de mulheres negras que, ao longo da história, tiveram um impacto profundo, mas raramente são mencionadas nos livros didáticos. Essas figuras inspiradoras foram apresentadas aos alunos em seminários e agora são representadas por bonecas, cujas caixas trazem relatos de suas trajetórias. Cada boneca não é apenas um brinquedo, mas um veículo de história, trazendo consigo uma narrativa de resistência, talento e importância histórica.

O impacto do projeto vai além das salas de aula do Villa Global Education. No dia 26 de novembro, ele dará mais um passo importante com uma visita ao quilombo em Cachoeira, onde serão realizadas atividades culturais e educativas. Durante a visita, as bonecas serão doadas a uma escola municipal quilombola, ampliando o alcance da iniciativa e permitindo que mais crianças tenham acesso a essas histórias de superação e força. Para esses alunos, o contato com essas figuras será uma chance única de se reconhecer nas histórias que moldaram o Brasil e de se inspirar em trajetórias poderosas.

“Bonecas Pretas” não é apenas um projeto educativo, mas um convite para que toda a sociedade repense o que é ensinado nas escolas. Mais do que apenas resgatar a memória dessas mulheres, ele propõe uma nova forma de contar a história do Brasil, uma forma que inclua e valorize todas as vozes.

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