Publicado em 22/02/2021 às 17h25.

Especialistas apontam que problemas intestinais estão associados à chamada bexiga hiperativa

Pesquisa realizada pelos médicos Ubirajara Barroso, Glícia Estevam e outros pesquisadores mostra que, em um universo de 516 mulheres (entre 29 e 41 anos) analisadas, 176 (34,1%) apresentam constipação funcional

Redação
Foto: Divulgação/ Ascom Clínica da Continência
Foto: Divulgação/ Ascom Clínica da Continência

 

De repente, surge uma vontade incontrolável de fazer xixi e surge a necessidade de sair correndo para o banheiro. Um acontecimento chato que pode ocorrer após ou durante um período razoavelmente longo em que fazer o chamado “número 2” se tornou uma tarefa sofrida e dolorosa.

Os últimos estudos médicos têm apontado para a relação entre esses dois problemas na vida das mulheres, principalmente aquelas com idades mais avançadas. Em termos científicos, é a associação entre a constipação funcional (CF) e a bexiga hiperativa (BH).

Pesquisa realizada em Salvador pelos médicos Ubirajara Barroso, Glícia Estevam e outros pesquisadores mostrou que, em um universo de 516 mulheres (entre 29 e 41 anos) analisadas em Salvador, 176 (34,1%) apresentaram a Constipação Funcional – ou seja, relataram dificuldades frequentes em defecar, fezes duras ou evacuação incompleta, com sensação de reto não totalmente vazio. Em 15,3% do total (79 pessoas) foi encontrada a BH, mulheres que relataram terem, no mês anterior à entrevista, acordado pelo menos duas vezes durante a noite (noctúria) e feito xixi mais de nove vezes por dia. “Quanto aos sintomas urinários presentes no questionário, a urgência e a noctúria foram os sintomas mais prevalentes e apresentaram associação significativa com constipação funcional. Observamos que manobras manuais para eliminação de fezes, critério representativo de evacuação obstruída, estava associada à bexiga hiperativa” afirmam os especialistas em artigo sobre o resultado da pesquisa.

A BH pode ser molhada, quando há incontinência urinária, e seca, quando a urgência não vem acompanhada da incontinência. Segundo os médicos, os estudos têm apontado que o aparecimento da BH e seus subtipos podem variar de acordo com a faixa etária. As mulheres idosas seriam as mais propensas a presentar alterações estruturais da região pélvica, com maior associação da CF com BH molhada.

Eles explicam que “a associação entre constipação e disfunção do trato urinário inferior parece não decorrer apenas de fatores mecânicos locais, como a compressão da bexiga pelo segmento intestinal repleto de fezes e a consequente diminuição da sua capacidade, mas especialmente pela existência de conexões nervosas entre esses órgãos que poderia resultar numa sensibilização cruzada das estruturas que compõem a pelve”.

Conforme os médicos, a comprovação cada vez mais robusta da associação entre CF e BH aponta para a importância de um tratamento com uma visão mais completa do assoalho pélvico (definido com o conjunto de músculos e ligamentos de sustentação dos órgãos pélvicos como bexiga, útero, reto, intestino e todo conteúdo que fica na pelve, a parte baixa do abdômen). Para eles, é necessário identificar “quais os sintomas intestinais que mais frequentemente estão associados a esse distúrbio, principalmente em populações mais jovens”.

Clínica da Continência

É a 1ª Clínica de Continência dedicada exclusivamente para o atendimento multidisciplinar do tratamento de doenças que acometem o assoalho pélvico.

Equipe:

– Dra. Glícia Abreu
– Dr. Ubirajara Barroso
– Dr. Márcio Josbete
– Maria Luiza Veiga

Para agendamento de consultas e exames: 71 2108-4670/ 71 98172-7202 (WhatsApp).

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