Publicado em 14/05/2025 às 11h18.

Agência da ONU responsabiliza Rússia por queda de avião que matou 298 pessoas em 2014

Na decisão, o órgão avalia que a Rússia não cumpriu suas obrigações sob o direito aéreo internacional

Redação
Foto: Divulgação/ONU

 

O Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), órgão subsidiário da Organização das Nações Unidas (ONU), responsabilizou a Rússia pelo acidente envolvendo um voo da Malaysia Airlines, que foi abatido na Ucrânia em 2014, matando 298 passageiros e tripulantes. A decisão vem 11 anos após o caso, e ocorre mesmo após o governo de Vladmir Putin negar qualquer envolvimento no caso.

Segundo matéria do Estadão, o avião se tratava de um Boeing 777 que transportava pessoas de 30 países diferentes, fazendo a rota de Amsterdã, nos Países Baixos, para Kuala Lumpur, na Malásia, e foi abatido por um míssil russo lançado por separatistas na região de Donetsk, no leste ucraniano.

Logo após o ataque, autoridades ucranianas acusaram separatistas pró-Rússia de terrorismo, enquanto a Rússia, por sua vez, responsabilizou a própria Ucrânia. Autoridades ocidentais desde o início suspeitaram de que o avião foi atingido por um míssil.

Fato que só foi comprovado dois anos após a queda, em 2016, quando investigações apontaram que o Boeing havia sido atingido por míssil Buk 9M38, controlado por rebeldes apoiados pela Rússia, utilizando um lançador móvel russo. A unidade militar russa que forneceu o míssil também foi identificada.

Já em 2022, oito anos após o ataque, um julgamento nos Países Baixos condenou três homens (dois russos e um ucraniano) à prisão perpétua por conexão com serviços de segurança russos pelo abate do voo. Eles foram considerados culpados de ajudar a organizar o transporte do sistema de mísseis BUK para a Ucrânia, embora não tenham disparado o míssil. Um quarto suspeito foi absolvido.

Em resposta, o Kremlin negou qualquer envolvimento na queda do MH17 e afirmou que o tribunal holandês estava sob pressão política, desrespeitando os princípios da justiça imparcial. Na decisão desta semana, o órgão da ONU avalia que a Rússia não cumpriu suas obrigações sob o direito aéreo internacional.

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