Publicado em 04/07/2025 às 09h26.

Após ligação com Trump, Putin ordena maior bombardeio contra a Ucrânia desde o início da guerra

O país foi alvo de 11 mísseis e 539 drones disparados pelas forças russas

Redação
Foto: Presidência da Rússia

 

A Ucrânia viveu sua pior noite de bombardeio desde o início da guerra contra a Rússia nesta sexta-feira (4) com os ataques deixando ao menos 23 pessoas feridas. A ofensiva russa ocorre logo após uma ligação entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder americano, Donald Trump. O país foi alvo de 11 mísseis e 539 drones disparados pelas forças russas.

Segundo matéria do portal UOL, a Força Aérea da Ucrânia informou que o ataque desta sexta foi o maior já sofrido pelo país desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Apesar disso, o exército ucraniano afirma ter abatido 270 dos 550 ataques, com outros 208 drones sendo desviados. Nove mísseis e 63 drones atingiram seus alvos, e destroços de drones interceptados caíram em pelo menos 33 localidades. Até o momento não foram registradas mortes.

O principal alvo dos ataques foi a capital ucraniana, Kiev, que teve prédios e ruas atingidos, além de sua infraestrutura ferroviária danificada. A embaixada da Polônia no país também registrou danos. Destroços de drones, a maioria do tipo Shahed, de fabricação iraniana – provocaram um incêndio em uma instalação médica no distrito de Holosiivskyi, segundo o prefeito Vitali Klitschko.

Ligação entre Trump e Putin

O ataque ocorreu logo após uma ligação entre Trump e Putin. Pouco antes da ofensiva, o presidente americano afirmou à imprensa ter tido uma longa conversa com o chefe de Estado russo, mas que a ligação não levou a “nenhum progresso”. Na conversa, Putin insistiu que a Rússia “não abrirá mão de seus objetivos” na Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o alerta antiaéreo foi acionado logo após o fim da ligação entre Trump e Putin. “Mais uma vez, a Rússia demonstra que não tem intenção de terminar com a guerra e com o terror”, declarou Zelensky.

EUA deixou de fornecer armas à Ucrânia

No início da semana, os EUA suspenderam o fornecimento de parte de seu armamento para a Ucrânia. Kiev alertou que a decisão comprometeria sua capacidade de repelir ataques aéreos e de frear o avanço de tropas russas.

O assunto deve ser discutido durante um telefonema entre Zelensky e Trump agendado para esta sexta. Apesar da suspensão de armamento, o presidente americano afirmou que seu governo está “tentando ajudar” a Ucrânia, mas que o governo de seu antecessor, Joe Biden, teria desfalcado os estoques de armas americanas ao entregá-las às forças ucranianas. “Biden esvaziou nosso país dando armas a eles, e temos que garantir que temos [armas] o suficiente para nós mesmos”, disse Trump.

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