Publicado em 02/11/2025 às 16h00.

Ataque israelense mata palestino e reacende tensão durante trégua em Gaza

De acordo com os militares israelenses, a ofensiva teve como alvo um militante que representava ameaça às forças do país

Redação
Foto: Unicef/Eyad El Baba

 

Um ataque aéreo israelense deixou um homem palestino morto neste domingo (2) na Faixa de Gaza, segundo autoridades locais. O episódio ocorre em meio à frágil trégua entre Israel e o Hamas, que interrompeu a maior parte dos combates após dois anos de guerra, mas ainda é marcada por acusações mútuas de violações.

De acordo com os militares israelenses, a ofensiva teve como alvo um militante que representava ameaça às forças do país. Já o Hospital Al-Ahli, em Gaza, informou que o homem foi atingido nas proximidades de um mercado de vegetais no bairro de Shejaia, na Cidade de Gaza.

Durante reunião de gabinete em Jerusalém, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que “ainda há bolsões do Hamas nas áreas sob nosso controle em Gaza” e que as forças israelenses seguem “eliminando sistematicamente” os grupos armados.

O Hamas, por sua vez, acusou Israel de desrespeitar o cessar-fogo e negou ter cometido ataques contra soldados israelenses. Segundo Ismail Al-Thawabta, diretor do escritório de mídia do governo administrado pelo grupo, os combatentes não violaram o acordo firmado há cerca de três semanas.

O cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro, reduziu a intensidade dos ataques e permitiu o retorno de centenas de milhares de palestinos a suas casas destruídas. O pacto também possibilitou a entrada de ajuda humanitária e a troca de prisioneiros, com a libertação de 20 reféns israelenses e cerca de 2 mil palestinos detidos.

Mesmo assim, a violência continua. Autoridades de saúde palestinas afirmam que 236 pessoas foram mortas por forças israelenses desde o início da trégua, quase metade delas em um único dia, quando Israel retaliou um ataque contra suas tropas. O exército israelense reconhece a morte de três soldados nesse período e afirma que seus alvos foram “combatentes inimigos”.

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