Publicado em 09/06/2025 às 09h22.

Brasil pede a Israel que liberte ativistas detidos em embarcação na Faixa de Gaza

Entre a tripulação estão o cidadão brasileiro Thiago Ávila e a ambientalista sueca Greta Thunberg

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota pedindo a Israel que liberte os tripulantes detidos pela marinha do país nesta segunda-feira (9). A embarcação que transportava 12 ativistas, incluindo o cidadão brasileiro Thiago Ávila e a ambientalista sueca Greta Thunberg, foi interceptada ainda na madrugada, ao tentar chegar à Faixa de Gaza, onde se dirigia com a missão de levar itens básicos de ajuda humanitária para moradores da região.

“Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”, diz a nota.

Segundo matéria do InfoMoney, no comunicado, o Brasil também faz um apelo para que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária no território palestino, cumprindo assim com suas obrigações como potência ocupante da região. Na nota, a pasta também pontua que todas as embaixadas brasileiras na região estão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.

O barco interceptado pelas autoridades israelenses, nomeado de Madleen, com bandeira britânica e operado pela FFC, partiu da ilha da Sicília, na Itália, na última sexta-feira (6), com previsão de chegada à Gaza na madrugada desta segunda, justamente quando ocorreu a interceptação, informou o grupo em sua conta na rede social Telegram.

Pouco antes da declaração da FFC, o Ministério das Relações Exteriores de Israel já havia publicado um vídeo, na rede social X, que mostrava a Marinha israelense se comunicando com o Madleen por meio de um alto-falante instruindo-o a mudar de rota.

“A zona marítima ao largo da costa de Gaza está fechada ao tráfego naval como parte de um bloqueio naval legal”, disse um soldado. “Se você deseja entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, pode fazê-lo através do porto (israelense) de Ashdod”, complementou.

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