Publicado em 02/12/2019 às 14h57.

Colômbia pode ter greve geral na quarta-feira (4)

País já chega ao 12º dia de protestos

Agência Brasil
Foto:Getty Imagens/Reprodução
Foto:Getty Imagens/Reprodução

 

A Colômbia completa nesta segunda-feira (2), o 12º dia de paralisações e protestos. Enquanto o governo de Iván Duque tenta organizar uma ampla agenda de conversas com diversos setores ao longo da semana, o Comitê Nacional de Paralisações anuncia nova greve geral para a próxima quarta-feira (4).

Na semana passada, o presidente colombiano recebeu, na Casa de Nariño, sede do governo, representantes de diferentes setores da sociedade, dispostos a colaborar com o que ele chama de Grande Diálogo Nacional.

Nesta segunda-feira (2), Duque se reunirá com os coordenadores de cada um dos seis eixos de trabalho definidos para este diálogo. Os eixos de trabalho são crescimento, transparência e luta contra a corrupção, educação, paz, meio ambiente e fortalecimento das instituições.

No entanto, o governo vem enfrentando resistência por parte do Comitê Nacional de Paralisações, que discorda da divisãos dos diálogos por temas/eixos.

Para Alejandro Palacio Restrepo, membro do Comitê e presidente da Associação Colombiana de Estudantes da Educação Superior (Acrees), o governo erra ao fazer negociações setorizadas. Integrantes do Comitê exigem uma ampla mesa de negociação e afirmaram que vão continuar com as greves e paralisações enquanto o governo não decidir mudar de estratégia.

Fazem parte do Comitê algumas associações de estudantes e sindicatos de trabalhadores, que têm grande poder de mobilização no país.

O diretor do Departamento Administrativo da Presidência e coordenador do Grande Diálogo nacional, Diego Molano, afirmou que a ideia é continuar com as reuniões de acordo com os eixos definidos com o presidente.

Segundo Molano, o governo se reunirá na terça (3), com ambientalistas e especialistas em meio ambiente.

Na quarta-feira (4) será a vez do eixo de crescimento. Na quinta (5), o tema será o combate à corrupção e, na sexta-feira (6), serão discutidos os eixos da paz e da educação, que devem abrir espaço para os estudantes e os indígenas.

O governo informou que, ainda esta semana, será lançada uma plataforma digital para que os cidadãos possam enviar suas propostas para o país.

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