Publicado em 12/05/2025 às 08h07.

EUA e China concordam em reduzir tarifas por 90 dias após avanço em negociações comerciais

Medida marca uma trégua temporária na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e foi celebrada por investidores ao redor do globore

Redação
Foto: Karolina Grabowska/Pexels

 

Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) um acordo para reduzir de forma significativa, por um período inicial de 90 dias, as tarifas sobre produtos importados um do outro. A medida marca uma trégua temporária na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e foi celebrada por investidores ao redor do globo.

Segundo comunicado conjunto divulgado por ambos os governos, os EUA vão cortar suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30% até 14 de maio. Em contrapartida, a China reduzirá suas tarifas sobre bens americanos de 125% para 10%.

O entendimento foi firmado após um fim de semana de negociações em Genebra, na Suíça, que foram classificadas como produtivas pelos dois lados. No texto, os países afirmam reconhecer “a importância de uma relação econômica e comercial sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfica”.

Como parte do acordo, foi criado um mecanismo permanente para continuidade das discussões, que será liderado pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo representante comercial americano, Jamieson Greer. As reuniões poderão ocorrer alternadamente nos dois países ou em território neutro.

O alívio nas tensões tarifárias foi bem recebido pelos mercados. Os futuros dos principais índices americanos reagiram em alta durante as negociações na Ásia: Dow Jones subiu mais de 2%, S&P 500 avançou quase 3% e o Nasdaq Composite, impulsionado por ações de tecnologia, teve alta superior a 3,5%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, também registrou valorização acima de 3%.

A guerra comercial, iniciada durante o governo Donald Trump, havia elevado tarifas bilaterais a níveis inéditos, pressionando cadeias produtivas globais e alimentando temores de recessão. O novo acordo é visto como um primeiro passo para a reaproximação econômica entre Washington e Pequim.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.