Publicado em 11/05/2025 às 20h30.

EUA e China sinalizam acordo para aliviar guerra comercial e rever tarifas

Após dois dias de reuniões em Genebra, na Suíça, autoridades falam em progresso, mas sem medidas concretas

Redação
Foto: Reprodução/Freepik

 

Estados Unidos e China sinalizaram, neste domingo (11), avanços nas negociações para reduzir as tarifas comerciais impostas nos últimos anos. A rodada de conversas ocorreu durante o fim de semana, em Genebra, na Suíça, e reuniu autoridades de alto escalão dos dois países.

Apesar do tom positivo, nenhuma decisão prática foi anunciada até o momento. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, houve progresso significativo nos diálogos.

“Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais”, declarou. Ele acrescentou que os detalhes das tratativas serão divulgados nesta segunda-feira (12) por meio de uma declaração conjunta.

O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, também avaliou as reuniões como produtivas e classificou o diálogo como “franco, aprofundado e construtivo”. Sem antecipar pontos do possível acordo, Lifeng afirmou que as delegações chegaram a um “consenso importante”.

Presente nas conversas, o representante comercial americano Jamieson Greer reforçou o clima de otimismo. Ele declarou à imprensa que “as diferenças entre as duas potências econômicas em questões comerciais não são tão grandes quanto se pensava” e destacou que “foram dois dias muito construtivos”.

Tarifas em escalada

As negociações ocorrem após semanas de tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. Atualmente, os EUA impõem tarifas de 145% sobre importações chinesas, resultado de uma escalada iniciada no chamado “Dia da Libertação”, quando o ex-presidente Donald Trump impôs sanções a mais de 180 países.

Em resposta, a China aplicou taxas de 125% sobre produtos americanos. Na semana passada, Trump comentou o encontro em Genebra, dizendo esperar uma reunião “amigável” e negociações “substanciais”. No dia seguinte, defendeu a manutenção de tarifas de 80% sobre as importações chinesas, afirmando que “pareciam corretas”.

No início de maio, o Ministério do Comércio da China havia confirmado a análise de uma proposta americana para abrir novo diálogo sobre a guerra comercial, mas cobrou dos Estados Unidos “sinceridade” e a disposição de “corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais”.

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