Exército israelense mata figura importante do Hezbollah em ataque ao Líbano

Figura importante do Hezbollah foi morto pelo Exército israelense no Beirute, capital do Líbano, nesta sexta-feira (20). A informação veio de duas fontes de segurança do país. O ataque intensificou drasticamente o conflito de um ano entre Israel e o grupo apoiado pelo Irã.

O comandante de operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, uma das principais lideranças do grupo, foi alvo de um ataque, segundo informado à Reuters. Uma dessas fontes relatou que ele foi morto junto com membros da unidade de elite Radwan do Hezbollah durante uma reunião.

O ataque resultou na morte de oito pessoas e deixou outras 59 feridas, de acordo com um balanço preliminar do Ministério da Saúde do Líbano.

A defesa civil libanesa informou que suas equipes de resgate estavam buscando desaparecidos sob os escombros após o desabamento de dois prédios residenciais. O Exército israelense afirmou ter realizado um “ataque direcionado” em Beirute, mas não forneceu mais detalhes.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse não ter conhecimento de qualquer aviso de Israel aos Estados Unidos antes dos ataques em Beirute nesta sexta-feira. Ele acrescentou que os americanos foram fortemente aconselhados a não viajar para o Líbano ou a sair do país, caso já estivessem lá.

O ataque representou mais um golpe para o Hezbollah, que, no início da semana, sofreu um ataque sem precedentes. Nesse incidente, pagers e walkie talkies usados por seus membros explodiram, matando 37 pessoas e ferindo milhares. Acredita-se que Israel esteja por trás desse ataque, embora o país não tenha confirmado nem negado envolvimento.

Esta é a segunda vez em menos de dois meses que Israel mira um alto comandante do Hezbollah em Beirute. Em julho, um ataque aéreo israelense matou Fuad Shukr, principal comandante militar do grupo.

Aqil tinha uma recompensa de US$ 7 milhões oferecida pelos Estados Unidos, devido à sua ligação com o atentado contra fuzileiros navais no Líbano em 1983, conforme informações do site do Departamento de Estado dos EUA.