Publicado em 05/09/2025 às 09h35.

Frota dos EUA avança pelo Caribe e escalona crise com a Venezuela

Governo Trump mantêm frota naval de sete embarcações e 4.500 fuzileiros nas proximidades da costa venezuelana

Redação
Fotomontagem: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e White House Archived

 

A crise entre Estados Unidos e Venezuela escalona nesta sexta-feira (5) a medida que uma frota naval americana cada vez maior avança pelo Mar do Caribe nas proximidades com o país governado por Nicolas Maduro, e Donald Trump ordena o envio de dez caças avançados F-35 para Porto Rico, território americano na região.

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o presidente dos EUA defende que a missão no Caribe é contra o narcotráfico. Os aviões enviados nesta sexta devem participar de ações contra cartéis de droga que atuam na região. Como armas de última geração com especialização em ataque em terra, os F-35 supostamente serão empregados contra bases.

A presença das aeronaves elevam ainda mais a tensão na região, já exacerbada pela frota naval de sete embarcações e 4.500 fuzileiros que reside no Mar do Caribe, enviada por Trump para lidar com a questão do tráfico. A medida representa uma mudança na forma como os EUA lidam com o combate ao narcotráfico na região.

Até então, Washington costumava a operar de forma conjunta com forças nacionais em operações policiais contra o problema, não sozinhos e com militares.

Na terça-feira (2), Trump anunciou ter destruído um pequeno barco que, segundo ele, trasportava drogas da Venezuela para entrada ilegal nos EUA. O governo do ditador Nicolás Maduro, que é indiciado sob acusação de tráfico em Nova York desde 2020, reagiu e disse que o vídeo da ação era fake.

Desde o início da semana, Maduro tem defendido a tese de que o interesse americano na região é de tira-lo do comando da Venezuela, colocando um governo “marionete” americano em Caracas, visando assim o acesso livre às maiores reservas de petróleo do planeta, que estão localizadas na costa venezuelana.

Com recursos limitados para uma reação militar contra os EUA, apenas a frota de sete embarcações enviadas por Trump têm mais poder de fogo do que toda as forças de Maduro. Dito isso, a ditadura de Caracas ainda poderia infligir danos assimétricos, usando, por exemplo, mísseis anti-navio.

Esta não é a primeira vez que Trump e Maduro entram em conflito, no entanto. Em seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, o americano ensaiou uma operação militar contra Maduro, usando os então governos aliados no Brasil e na Colômbia. Sem sucesso, Trump buscou então apoiar a oposição local, o que também não funcionou.

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