Governo alemão se retrata após falas de chanceler contra o Brasil: ‘Grande respeito’
Em nota, Berlim relembrou a parceria entre os dois países e o compromisso feito pelo país em aderir ao fundo pela Amazônia

O governo da Alemanha emitiu na noite de terça-feira (18) uma retratação formal pelo comentário do primeiro-ministro Friedrich Merz sobre o Brasil. Na nota, a Chancelaria Federal alemã afirma ter “grande respeito [pelo Brasil] pelo feito de organizar uma conferência internacional tão importante”. O comunicado também elogia a “natureza impressionante” da Amazônia. As informações são do portal InfoMoney.
O texto ainda afirma que “o chanceler federal lamentou não ter tido tempo para viajar até as margens do Amazonas e conhecer melhor a natureza impressionante da região”. “Em sua coletiva de imprensa em Belém, ele descreveu o Brasil como um importante país parceiro da Alemanha”.
A nota ainda relembra que a Alemanha se comprometeu a contribuir com o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), organizado pelo Brasil, apesar de nenhum valor ter sido oficialmente divulgado.
“Durante sua breve viagem a Belém, o chanceler federal explicou a política climática do novo governo federal, prometeu uma contribuição significativa para o Fundo Florestal e manteve uma conversa produtiva e voltada para o futuro com o presidente brasileiro Lula”, diz o texto.
Entenda o caso
Merz foi um dos líderes mundiais que esteve em Belém na última semana para participar da cúpula do meio ambiente (COP30). Ele também teve uma reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao retornar a Alemanha, enquanto participava do Congresso Alemão do Comércio, o chanceler, que discursou no evento, pediu que os presentes valorizassem a Alemanha, utilizando o Brasil como um exemplo negativo.
Segundo Merz, ao final da visita ao Brasil, ele teria perguntado a jornalistas que estavam em sua comitiva se eles gostariam de permanecer no país ao invés de voltar à Alemanha. “Ninguém levantou a mão”, falou.
A fala do primeiro-ministro gerou grande repercussão no Brasil. O governador do Pará, Helder Barbalho, e o prefeito de Belém, Igor Normando, criticaram a fala de Merz, que definiram como preconceituosa.
Já o presidente Lula afirmou que “Berlim [capital da Alemanha] não oferece a ele 10% da qualidade que oferece o Estado do Pará e a cidade de Belém”. O petista ainda brincou que Merz “deveria ter ido em um boteco no Pará”, dançado e provado a culinária local.
Até mesmo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, aderiu ao coro em crítica ao chanceler alemão. Nas redes sociais, Paes chamou Merz de “filhote de Hitler” e “nazista”, ampliando o desgaste causado pelas declarações feitas durante um evento do comércio alemão.
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