Publicado em 15/10/2024 às 15h41.

Governo Maduro reafirma respeito a Lula e nega apoio a declarações que o associam à CIA

As declarações do procurador-geral Tarek William Saab não representam a posição oficial do governo de Nicolás Maduro em relação ao presidente brasileiro, segundo nota

Redação
Foto: Reprodução/Twitter

 

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela esclareceu em comunicado nesta terça-feira (15) que as declarações do procurador-geral Tarek William Saab, alegando que Luiz Inácio Lula da Silva teria sido “cooptado pela CIA”, não representam a posição oficial do governo de Nicolás Maduro em relação ao presidente brasileiro.

“As recentes declarações emitidas pelo procurador-geral da República sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva são opiniões estritamente pessoais e de nenhuma forma refletem a posição do Executivo Nacional, responsável pela política externa venezuelana”, afirmou a nota.

A chancelaria venezuelana também reafirmou seu “respeito absoluto pela trajetória histórica do presidente Lula da Silva e sua liderança no Brasil”.

O próprio Saab, em comunicado nas redes sociais, afirmou que suas declarações sobre Lula não devem ser atribuídas ao governo Maduro. Ele acusou veículos de comunicação estrangeiros de distorcerem suas falas ao retirá-las de contexto para manipular sua opinião sobre o presidente brasileiro.

Em uma entrevista televisiva no domingo (13), Saab, um conhecido defensor do chavismo, acusou Lula de se tornar “porta-voz” de uma “esquerda cooptada pela CIA”, agência de inteligência dos Estados Unidos. Ele também criticou Lula por não ter reconhecido a suposta vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho, cujos resultados são questionados tanto nacional quanto internacionalmente, devido à falta de publicação das atas detalhadas de votação.

A oposição venezuelana alega que, de acordo com as atas de seus fiscais, o candidato opositor Edmundo González venceu com 67% dos votos.

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