Governo Trump já demitiu 4.108 servidores devido a paralisação

O número de servidores federais americanos demitidos por conta da paralisação do governo dos Estados Unidos, que já dura 2 semanas, chegou a 4.108 funcionários, é o que aponta uma declaração apresentada na terça-feira (14) pelo Departamento de Justiça do país. Apesar do alto número, a quantia representa uma redução em comparação com a estimativa anterior, que previa a demissão de, ao menos, 4.278 pessoas.

Os cortes correspondem a uma fração da força de trabalho do governo dos EUA. As agências do país empregavam cerca de 2 milhões de civis no início do governo Trump. A paralisação já é a mais longa de uma gestão do republicano, chegando ao seu 15º dia nesta quarta-feira (15). As informações são da agência britânica Reuters e do portal InfoMoney.

Trump vem tentando pressionar seus opositores, os democratas, a aceitarem seu plano de gastos, demitindo funcionários federais e cortando programas considerados por ele como favorecidos pelo partido de oposição.

Desde 1981, os EUA já tiveram 15 paralisações do governo federal. Nenhum presidente havia procurado usar uma paralisação como base para demissões em larga escala. O consenso é de que os cortes devem interromper operações do governo, como investigações sobre surtos de doenças.

Enquanto isso, sindicatos de servidores federais tem buscado a Justiça americana visando a anulação das demissões. A lei proíbe que agências dos EUA realizem funções sem financiamento aprovado pelo Congresso, com exceção para casos que envolvam a segurança nacional e serviços essenciais para proteger a vida e a propriedade.

Os sindicatos argumentam que as demissões não se enquadram em um serviço essencial que possa ser realizado durante o fechamento do governo. A paralisação não justifica cortes em massa de empregos porque a maioria dos funcionários federais foi dispensada sem remuneração, disseram as entidades sindicais.