Publicado em 21/03/2025 às 21h20.

Israel bombardeia único hospital que trata de câncer em Gaza

A unidade de saúde foi construída pela Turquia e era operada por autoridades locais no centro da cidade

Redação
Foto: Reprodução/ TV Globo

 

Em mais um ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) explodiram, nesta sexta-feira (21), o Hospital da Amizade Turco-Palestina, único especializado no combate ao câncer na Faixa de Gaza. A unidade de saúde foi construída pela Turquia e era operada por autoridades locais no centro da cidade de Gaza.

A FDI disse que o Hamas usava o local. “Os terroristas do Hamas exploraram um local no norte de Gaza — que anteriormente servia como hospital ‘turco’ — como um centro de comando e controle, de onde dirigiram e executaram ataques terroristas”, indicou o governo israelense.

O ato foi condenado pela Turquia. “O ataque deliberado a um hospital que presta serviços de saúde a civis em Gaza constitui parte da política de Israel que visa tornar Gaza inabitável e deslocar à força o povo palestino. Apelamos à comunidade internacional para que tome medidas concretas e dissuasivas contra os ataques ilegais e o terrorismo de Estado sistemático de Israel”, informou o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, em nota.

Por direito internacional, os serviços de saúde devem ser preservados durante conflitos armados. Além desse, outros hospitais e unidades de saúde também foram destruídos ou seriamente danificados em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023.

Israel continua com bombardeios massivos contra Gaza, incluindo operações terrestres no sul do enclave palestino. A trégua foi rompida por Israel na última terça-feira (18).

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, quase 600 pessoas morreram desde o reinício dos bombardeios em massa nessa semana. O governo do primeiro-ministro Benjamin-Netanyahu alega que retomou a guerra porque o Hamas não tem aceitado negociar a troca dos 59 reféns que permanecem sob controle do grupo.

O Hamas também se pronunciou e negou que tenha abandonado às negociações e argumenta que Israel tenta enganar a opinião pública para “retomar seu genocídio contra civis desarmados”. “O Hamas também confirma que ainda está envolvido em negociações e está acompanhando os irmãos mediadores de forma responsável e séria”, disse o grupo nesta sexta-feira.

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