Publicado em 31/03/2025 às 09h50.

Líder da extrema direita, Marine Le Pen é condenada por corrupção e fica inelegível na França

Ela nega irregularidades e diz que a promotoria está buscando sua "morte política" ainda cabe recurso

Redação
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram

 

Marine Le Pen, líder de extrema direita da França, foi condenada a quatro anos de prisão por desvio de verbas públicas europeias em benefício do RN (Reagrupamento Nacional), partido que ajudou a transformar em uma das principais forças políticas do país. A decisão, proferida nesta segunda-feira (31), torna a ilegível por 5 anos e frustra seus planos de concorrer à Presidência em 2027.

Le Pen nega irregularidades e diz que a promotoria está buscando sua “morte política”. Ainda cabe recurso.

O pedido de “execução provisória” sobre a inelegibilidade, no entanto, passa a valer imediatamente. As informações são do jornal The New York Times.
A multa imposta a Le Pen deverá ser cumprida com uso de tornozeleira eletrônica, além do pagamento de uma multa de 100 mil euros —cerca de R$ 624 mil no câmbio atual.

O objetivo é garantir que os representantes eleitos, como todos aqueles que buscam justiça, não se beneficiem de tratamento preferencial — disse a presidente do Tribunal Penal de Paris, Bénédicte de Perthuis, ao anunciar esta sentença para Le Pen e os outros réus.

O caso envolvendo Le Pen e outras oito figuras do Reagrupamento Nacional veio à tona após revelação acerca de um suposto esquema de uso indevido de fundos da União Europeia, desviados para benefício do partido.

A promotoria acusa a líder extremista— e seu antecessor, a Frente Nacional — de usarem a alocação orçamentária de 21 mil euros (R$ 131 mil) para subsídio mensal de assessores parlamentares de eurodeputados, para pagar funcionários que na verdade trabalhavam para o partido na França, que se concentravam em temas de política interna, entre 2004 e 2016.

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