Publicado em 23/10/2025 às 09h16.

Maduro diz ter 5 mil mísseis russos preparados para combater os EUA

Enquanto promove um cerco no Mar do Caribe, Trump tem ameaçado atacar alvos em solo venezuelano

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quarta-feira (22) que seu país posicionou mais de cinco mil mísseis do sistema de defesa aérea Igla-S, fabricado na Rússia, em locais estratégicos por todo o território venezuelano. A declaração foi feita em meio ao aumento das operações militares dos Estados Unidos contra supostos traficantes de drogas nas regiões do Caribe e do Pacífico.

Durante uma cerimônia transmitida pela televisão com autoridades governamentais, Maduro ressaltou o papel fundamental dos sistemas Igla-S, afirmando que a Venezuela mobilizou “mais de cinco mil Igla-S em pontos-chave de defesa aérea para assegurar a paz, a estabilidade e a segurança do povo venezuelano”. Segundo ele, os armamentos foram posicionados para garantir a paz e a estabilidade no país.

Ainda na quarta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, informou que as forças armadas americanas eliminaram cinco supostos traficantes em ataques a duas embarcações no leste do Oceano Pacífico, ampliando o uso militar na campanha antidrogas do governo Trump.

Esses novos ataques se somam a, pelo menos, outros sete realizados no Caribe nos últimos meses, o que tem intensificado as tensões entre os EUA e nações como Venezuela e Colômbia. As ações das forças americanas na região já resultaram na morte de cerca de 32 pessoas, embora Washington tenha divulgado poucas informações sobre a quantidade de drogas apreendidas ou as provas que justificariam as operações.

Com dois territórios no Mar do Caribe (Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas), o governo de Donald Trump tem amplo acesso a região e tem promovido um cerco aos supostos traficantes que estariam utilizando a rota marítima para transportar drogas para a América do Norte.

Enquanto isso, o próprio Trump reafirma seus planos de atacar alvos em solo venezuelano, o que representaria uma escalada no conflito, e afirmou que, caso isso ocorra, o Congresso dos EUA será informado. Washington acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, recentemente classificado por Trump como uma organização terrorista internacional.

Maduro, por sua vez, nega qualquer ligação com o tráfico de drogas e classifica os ataques americanos como uma violação da soberania da Venezuela.

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