Publicado em 27/08/2025 às 11h11.

Milhares de israelenses protestam pelo fim da guerra em Gaza

Mais de 350 mil pessoas se reuniram em uma praça de Tel Aviv, capital de Israel, para a manifestação

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Milhares de israelenses ocuparam às ruas da capital de Israel, Tel Aviv, na madrugada desta quarta-feira (27) em protesto para pressionar o premiê Binyamin Netanyahu a negociar a libertação dos reféns e o fim da guerra na Faixa de Gaza. Mais de 350 mil pessoas se reuniram em uma praça da cidade, pedindo ao governo que aceite um acordo proposto por Egito e Catar, já chancelado pelo Hamas. As informações são do jornal Estadão e do portal InfoMoney.

Com pneus queimados, os manifestantes bloquearam estradas em diversas partes do país, exibindo ainda as fotos dos reféns. “Levar adiante o plano de conquista de Gaza enquanto há um acordo em pauta para assinatura do primeiro-ministro é uma facada no coração das famílias e de toda a nação”, disse Itzik Horn, pai de Iair Horn, libertado em fevereiro, e de Eitan Horn, que ainda está refém.

Os irmãos foram capturados no ataque liderado pelo Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

O gabinete de segurança de Israel se reuniu ainda ontem para debater a nova ofensiva militar que visa a tomada da Cidade de Gaza, principal centro urbano da região. Durante o encontro, o primeiro-ministro Netanyahu ignorou os protestos e sequer discutiu o tema na reunião.

Além disso, o premiê também concluiu a reunião sem definir o destino da proposta de cessar-fogo. Na semana passada, Netanyahu havia sugerido que responderia até sexta-feira, dia 22.

De acordo com informações do jornal Times of Israel, quatro autoridades confirmaram que o foco da reunião foi o avanço militar na Cidade de Gaza – e não os protestos ou o acordo de cessar-fogo.

O Catar, um dos mediadores das negociações, afirmou que Israel ainda afirmou que Israel ainda não respondeu à proposta, acrescentando que não acredita que o governo israelense esteja realmente interessado em chegar a um acordo.

Já o governo egípcio, o outro mediador, teria expressado sua “decepção, frustração e raiva” com Israel pela falta de resposta a uma proposta com a qual Israel, há poucos meses, concordava quase que integralmente.

A proposta de cessar-fogo é descrita como um “acordo parcial” com o intuito imediato de liberar alguns dos reféns que já estão há quase dois anos nesta situação. A paralisação do conflito armado também permitiria a entrada de mais ajuda humanitária na região, o que ajudaria a conter a crise alimentícia no local.

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