Publicado em 08/09/2016 às 18h00.

Ministro da Economia da Alemanha descarta grandes cortes de impostos

Embora membros do governo e do Parlamento defendam uma politica de renúncia fiscal para 2017, Sigmar Gabriel avisa: "Não faremos isso"

Jaciara Santos
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Gabriel: ‘Sou cauteloso com grandes cortes tributários’ (Foto: Divulgação)

 

A economia alemã deve crescer 1,7% neste ano, afirmou o ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, nesta quinta-feira (8). Segundo ele, porém, seria errado prometer grandes cortes em tributos, mesmo em um momento de condições favoráveis.

Como as taxas de juros baixas ajudam o orçamento do governo, uma elevação nas taxas de juros e preços do petróleo mais altos poderiam facilmente transformar o superávit orçamentário em déficit, segundo a autoridade. “Eu sou, portanto, muito cauteloso com grandes cortes tributários”, disse ele durante um debate na Câmara Baixa do Parlamento.

A política atual do Banco Central Europeu (BCE) de taxas baixas de juros ajudou o governo a reduzir seu custo de serviço da dívida, que ficou 122,1 bilhões de euros mais baixo durante o período entre 2008 e 2015 que o originalmente planejado.

Na terça-feira, o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, disse aos parlamentares que há espaço para cortes em tributos para a classe baixa e a média de até 15 bilhões de euros (US$ 16,9 bilhões) anualmente, após a eleição geral de 2017. Outros congressistas governistas também propuseram cortes em impostos, o que totalizaria até 40 bilhões de euros em renúncia fiscal, disse Gabriel. “Nós não faremos isso”, afirmou o ministro.

Gabriel disse que favorece uma redução nos tributos sobre as classes média e baixa principalmente para impulsionar o consumo privado.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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