Operação para cumprir mandado de prisão contra presidente destituído da Coreia é suspensa

As Autoridades da Coreia do Sul suspenderam a operação para cumprir o mandado de prisão contra o presidente destituído Yoon Suk Yeol. De acordo com o site G1, as forças policiais conseguiram passar pelos apoiadores do chefe do executivo, entraram nas imediações do palácio presidencial, mas foram confrontados pelo serviço de segurança que impediram a ação.

“Determinamos que seria praticamente impossível executar o mandado de detenção devido ao confronto contínuo e suspendemos a execução por preocupação com a segurança do pessoal no local, causada pela resistência. Planejamos decidir os próximos passos após uma revisão”, diz a nota do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) sul-coreano.

Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o impasse durou cinco horas e meia e a decisão de suspender a operação é temporária, mas foi tomada por questões de segurança. A presença de apoiadores de Yoon também foi considerada. De acordo com o escritório de investigação, o serviço de segurança de Yoon contava com cerca de 200 agentes e soldados de uma unidade militar localizada dentro da propriedade oficial da presidência sul-coreana.

O mandado de prisão contra Yoon Suk Yeol foi expedido no último dia 31, após o presidente afastado se negar a acatar diversas convocações de prestar depoimento à Justiça. Ele é investigado criminalmente por insurreição após decretar lei marcial, que restringiu direitos civis, no início do último mês. Por causa disso, ele sofreu impeachment aprovado pelos deputados da Coreia do Sul no dia 14 de dezembro.

A ordem de prisão de Yoon vale até a próxima segunda-feira (6) e permite que o presidente seja preso pela polícia durante 48 horas no máximo para interrogatórios. Neste momento, a presidência está sendo ocupada interinamente pelo ministro das finanças, Choi Sang-mok. Sete dias antes, o chefe do executivo interino havia sido Han Duck-soo que sofreu uma deposição relâmpago.