Publicado em 12/11/2024 às 13h14.

Para diretor da ONU, desequilíbrio climático impacta combate à fome

Daniel Balaban alerta para os impactos sociais e humanitários decorrentes das mudanças no clima

Redação
Foto: Estevam Costa/PR

 

Às vésperas da cúpula de líderes do G20, que será realizada nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, o diretor do Centro de Excelência do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, Daniel Balaban, reconhece o Brasil como uma liderança na pauta ambiental, especialmente ao lançar a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, com apoio das 20 maiores da economia do mundo.

O diretor do Programa Mundial de Alimentos alerta para os impactos sociais e humanitários decorrentes das mudanças climáticas, entre eles a fome, e afirma que a economia do país poderá também ser uma das mais afetadas pelo desmatamento e aquecimento global. “Já ficou comprovado pelos cientistas que o Brasil será um dos países que terá mais agravada a situação de crises climáticas extremas por conta das mudanças que estão acontecendo no planeta. Nós temos a maior floresta úmida do mundo, e não estamos cuidando dela do jeito que deveríamos”, declarou.

“Os nossos diplomatas e a nossa política internacional sempre foram de defesa do meio ambiente, de defesa das questões climáticas. Com a COP30 sendo alojada em Belém do Pará, no ano que vem, que não à toa, fica na região amazônica, acho que é um momento muito importante para que nós coloquemos de uma vez por todas: ‘ou nós vamos para a ação, ou nós sofreremos as consequências da inação”, disse.

Em entrevista exclusiva à jornalista Adrielen Alves, como parte da produção da série de podcast “S.O.S! Terra Chamando!”, uma parceria da Empresa Brasil de Comunicação e da Casa de Oswaldo Cruz, com estreia prevista para 2025, Balaban destaca os esforços mundiais pró-planeta, e os desafios de manter a pauta ambiental como prioridade com a eleição de Donald Trump, para presidência dos Estados Unidos.

“O Trump ganhou nos Estados Unidos, ele é contrário, já declarou isso. Não sou eu que estou falando, ele já falou que, no primeiro dia de mandato, ele acaba com essas questões. Vai incentivar combustíveis fósseis. Ele é contrário a tudo isso, mas ele é um presidente. Lógico que é a maior economia do mundo, mas ele é “um”. Acho que o mais importante é que todos os demais se posicionem fortemente a favor de ações contra as mudanças climáticas. Eu acho que é a única forma”, afirmou Balaban.

(Com informações da Agência Brasil)

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