Publicado em 26/11/2022 às 11h00.

Parentes cometem 56% dos feminicídios no mundo, diz ONU

Em 2021, cerca de 45 mil mulheres e meninas em todo o mundo foram mortas por seus parceiros ou outros familiares

Redação
Foto: Reprodução pixbay
Foto: Reprodução pixbay

 

Parceiros íntimos ou outros familiares cometeram quase 6 a cada 10 assassinatos de mulheres em 2021, segundo a ONU. A taxa, de 56%, é cinco vezes a dos homens: 11% dos homicídios contra pessoas do sexo masculino ocorrem na esfera privada, segundo relatório divulgado nas vésperas de 25 de novembro, que marca o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher.

“Enquanto a esmagadora maioria dos homicídios masculinos ocorre fora da esfera privada, para mulheres e meninas, o lugar mais perigoso é o lar”, aponta a ONU.

Em 2021, cerca de 45 mil mulheres e meninas em todo o mundo foram mortas por seus parceiros ou outros familiares. Isso significa que, no mundo, em média, mais de cinco mulheres ou meninas foram mortas, a cada hora, por alguém de sua própria família.

A estimativa é de que 81,1 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2021. E a ONU aponta que o total de homicídios femininos permaneceu praticamente inalterado na última década.

Mulheres de todas as regiões do mundo são vítimas de violência cometida por parceiro ou outro familiar. A África é a região que tem maior nível desse tipo de violência em proporção ao total de mulheres, e a Ásia é a região com maior número absoluto, segundo o relatório.

Das cerca de 45 mil mortes, 17,8 mil ocorreram na Ásia, 17,2 mil na África, 7.500 nas Américas, 2.500 na Europa e 300 na Oceania. As taxas de homicídios desse tipo por 100 mil mulheres são: 2,5 na África, 1,4 nas Américas, 1,2 na Oceania, 0,8 na Ásia e 0,6 na Europa.

A ONU destaca que o problema pode ser maior, já que muitas vítimas acabam não contabilizadas como casos de feminicídio —assassinato de mulheres e meninas relacionado ao gênero. Para cerca de 4 em 10 mulheres ou meninas assassinadas de forma dolosa em 2021, não existia informação suficiente para qualificar o crime como feminicídio, especialmente quando o crime ocorria numa esfera pública.

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