Publicado em 11/09/2025 às 09h31.

Polônia confirma reunião da ONU para tratar sobre incursões de drones russos

A nação recebeu apoio de seus aliados da Otan para abater os drones

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A Polônia afirmou nesta quinta-feira (11) que o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) se reunirá em um encontro de caráter emergencial para discutir as incursões de drones russos em seu espaço aéreo. De acordo com o presidente do país, Karol Nawrocki, a ação foi uma tentativa da Rússia de testar a resposta de Varsóvia e da Otan. As informações são da agência britânica Reuters e do portal InfoMoney.

Localizado no leste europeu, a Polônia faz fronteira com a Rússia por meio do exclave de Kaliningrado e já foi uma nação que operou sob regime comunista, compondo a famosa “cortina de ferro” da União Soviética. A nação recebeu apoio de seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao abater os drones.

Esta, inclusive, é a primeira vez que se tem conhecimento de um membro da aliança militar disparando tiros durante a guerra da Rússia na Ucrânia.

Como medidas preventivas, a Polônia proibiu voos de drones ao longo de suas fronteiras orientais com Belarus e Ucrânia, e limitou o tráfego aéreo de pequeno porte no local, depois de abater o que disse serem drones russos que violaram seu espaço aéreo na quarta-feira (10).

A Rússia, por sua vez, afirma que não tinha a intenção de atingir nenhum alvo na Polônia e que não faria mais nenhum comentário sobre o incidente. Um comandante sênior da Otan afirmou que ainda não se sabe se a incursão foi intencional.

Ainda assim, o incidente acendeu debates sobre questões como a preparação da Otan para ataques de drones, alimentando as tensões entre a Rússia e seus vizinhos europeus, levando alguns líderes ocidentais a buscar novas sanções contra Moscou e questionar seu compromisso com os esforços de paz na Ucrânia.

“Essa provocação russa, como os generais e nossos soldados estão bem cientes, nada mais foi do que uma tentativa de testar nossas capacidades, nossa habilidade (na Polônia) de responder”, disse o presidente polonês aos seus soldados nesta quinta.

“Foi uma tentativa e uma provocação para responder, para testar o mecanismo de ação dentro da aliança do Atlântico Norte, nossa prontidão para responder.”

O Ministério das Relações Exteriores da Polônia, por sua vez, confirmou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniria a pedido de Varsóvia, mas não disse quando.

Apesar de não ter comentado imediatamente, a ONU confirmou que Eslovênia, Dinamarca, Grécia, França e Reino Unido requisitaram ao Conselho de Segurança da organização por uma reunião já nesta sexta-feira (12).

“Estamos chamando a atenção do mundo para esse ataque sem precedentes de drones russos contra um membro da ONU, da UE e da Otan”, disse o ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski.

Caças F-16 poloneses, F-35s holandeses, aviões de vigilância AWACS italianos e aeronaves de reabastecimento em voo da Otan foram escalados na operação que abateu os drones russos no espaço aéreo polonês durante a noite de terça para quarta-feira, disseram as autoridades.

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