Publicado em 18/10/2025 às 16h50.

Protestos contra Donald Trump mobilizam milhares nos EUA e Europa

Manifestantes criticam políticas do presidente americano e alertam contra “guinada autoritária” do governo

Redação
Foto: White House Archived

Os primeiros protestos da campanha “No Kings” começaram neste sábado (18) nos Estados Unidos e em várias cidades do mundo, marcando uma das maiores mobilizações populares desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca.

Milhares de manifestantes ocuparam a Times Square, em Nova York, e organizadores estimam que mais de 2.600 atos ocorreram em todo o território americano, com marchas também em Londres, Madri e Barcelona. Os manifestantes criticam políticas de imigração, segurança, educação, cortes de verbas para universidades e a presença da Guarda Nacional em grandes centros urbanos.

“Não há nada mais americano do que dizer ‘nós não temos reis’ e exercer nosso direito de protestar pacificamente”, afirmou Leah Greenberg, cofundadora do movimento progressista Indivisible, responsável pela organização dos atos.

Em Washington, os manifestantes se reuniram próximos ao Cemitério Nacional de Arlington, perto da área onde Trump planeja construir um arco monumental ligando o Memorial Lincoln à margem oposta do rio Potomac. Durante os atos, máscaras com a imagem de Trump e símbolos polêmicos foram exibidas, e participantes carregaram cartazes e fantasias enquanto marchavam até o National Mall.

O movimento recebeu apoio de figuras políticas como Bernie Sanders, Alexandria Ocasio-Cortez e Hillary Clinton, além de diversas celebridades. A ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) treinou milhares de voluntários para atuar como monitores e evitar confrontos. Pesquisadores de movimentos sociais, como Dana Fisher, da Universidade Americana de Washington, estimam que até 3 milhões de pessoas possam ter participado, tornando os atos possivelmente os maiores protestos recentes nos EUA. “Essas manifestações podem não mudar as políticas de Trump, mas fortalecem a identidade coletiva de quem se sente perseguido ou silenciado”, destacou Fisher.

Enquanto isso, republicanos reagiram com críticas. O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, classificou os atos como “comícios antiamericanos”, apelidados dentro do partido de “Hate America rallies”. Outros aliados de Trump acusaram a oposição de estimular violência política, lembrando o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, em setembro.

Trump minimizou os protestos em entrevista à Fox Business: “Dizem que me chamam de rei. Eu não sou um rei”.

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