Publicado em 14/03/2025 às 12h26.

Putin envia mensagem a Trump sobre cessar-fogo na Ucrânia, diz Kremlin

Presidente russo vê "otimismo cauteloso" para acordo, enquanto Trump pressiona por resolução rápida do conflito

Redação
Foto: Presidência da Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma mensagem a Donald Trump sobre a proposta de cessar-fogo na Ucrânia por meio do enviado especial do ex-presidente dos EUA, informou o Kremlin nesta sexta-feira (14). O governo russo destacou que há motivos para um “otimismo cauteloso” em relação a um possível acordo.

Trump tem defendido um cessar-fogo rápido entre Moscou e Kiev, alertando que o conflito pode evoluir para uma Terceira Guerra Mundial. Nesta sexta-feira, ele reiterou o apelo para que a Rússia assine um acordo definitivo, afirmando em sua rede social que pretende retirar os EUA do que chamou de “verdadeira bagunça com a Rússia”.

Na quinta-feira (13), Putin declarou apoio, em princípio, à proposta de Trump, mas ressaltou que o cessar-fogo só poderá ocorrer após a resolução de questões cruciais, o que pode estender as negociações. Apesar das ressalvas, Trump classificou a declaração de Putin como “muito promissora”.

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, Putin discutiu a proposta com Steve Witkoff, enviado de Trump, durante uma reunião em Moscou. Peskov afirmou que há muito trabalho a ser feito, mas destacou que Putin demonstrou solidariedade com a posição de Trump sobre um possível acordo.

Putin exige que a Ucrânia abandone suas ambições de ingressar na OTAN, aceite o controle russo sobre quatro regiões ocupadas, reduza o tamanho de seu exército, além da flexibilização das sanções ocidentais e a realização de eleições presidenciais no país, algo que Kiev considera prematuro enquanto a lei marcial estiver em vigor.

O Kremlin minimizou informações da mídia americana sobre supostas objeções russas à participação de Keith Kellogg, enviado de Trump para Rússia e Ucrânia, nas negociações. Peskov enfatizou que a Rússia não interfere em questões internas dos EUA e que cabe ao governo americano decidir quem participa das discussões.

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