‘Ragebait’: Entenda o que significa a Palavra do Ano eleita pela Oxford

A Oxford University Press (Editoria da Universidade de Oxford, em inglês) elegeu a palavra “ragebait” (algo como “isca de raiva”, em inglês) como a Palavra do Ano de 2025. Anualmente, o instituo de ensino britânico escolhe uma palavra que define os 365 dias de um ano. As informações são do portal InfoMoney e do jornal The New York Times.

Ragebait pode ser definido como “conteúdo online deliberadamente criado para provocar raiva ou indignação por ser frustrante, provocativo ou ofensivo” e remonta, ao menos, a 2002, e ganhou popularidade nos últimos anos na rede social, se tornando uma gíria cada vez mais comum para um comportamento online que busca atenção. A palavra venceu outras opções mais ‘otimistas’ como “biohack” e “aura farming”.

De acordo com Oxford, a frequência do uso da palavra cresceu três vezes no último ano. “Mesmo que as pessoas nunca tenham ouvido antes, elas instantaneamente sabem o que significa”, disse Casper Grathwohl, presidente da Oxford Languages, em entrevista.

A universidade elege uma Palavra do Ano desde 2004. A escolha é baseada a partir de evidências de uso extraídas de um corpus continuamente atualizado com cerca de 30 bilhões de palavras, compiladas a partir de fontes de notícias do mundo de língua inglesa. A ideia é identificar palavras novas ou emergentes com significado social e cultural, respaldadas por dados.

Como nos últimos anos, os especialistas da Oxford escolheram uma lista curta e convidaram o público a opinar. Este ano, houve uma novidade: os termos foram transformados em candidatos personificados, que se apresentaram em vídeos verticais na moda, produzidos pelo estúdio criativo Uncommon. (Exemplo de apresentação: “O que falta no rage bait em empatia, nuance ou classe, eles não compensam em absolutamente nada.”)

O vencedor foi escolhido pelo comitê da Oxford, com base na votação (mais de 30 mil pessoas participaram), na conversa pública e na análise de dados.

“O objetivo da Palavra do Ano é incentivar as pessoas a refletirem sobre onde estamos como cultura, quem somos no momento, através das palavras que usamos”, disse Grathwohl. “O ponto principal é criar conversa.”

Ao longo dos anos, vencedores anteriores incluem “selfie” (2013), “post-truth” (2016), “toxic” (2018) e “vax” (2021).