Publicado em 21/12/2022 às 09h33.

Talibã: mulheres são proibidas de frequentar universidade no Afeganistão

A medida provocou a condenação dos Estados Unidos, Reino Unido e da ONU

Redação
Foto: Unicef/Alessio Romenzi
Foto: Unicef/Alessio Romenzi

 

O Ministério do Ensino Superior do Afeganistão, administrado pelo Talibã, proibiu nesta terça-feira (20) o acesso das mulheres às universidades até nova decisão. A medida provocou a condenação dos Estados Unidos, Reino Unido e da ONU. As informações são da Reuters.

Uma carta, confirmada por um porta-voz do Ministério do Ensino Superior, instruiu as universidades públicas e privadas afegãs a suspender o acesso a estudantes do sexo feminino imediatamente, de acordo com uma decisão do governo.

O anúncio do governo do Talibã, que não foi reconhecido internacionalmente, ocorreu no momento em que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunia em Nova York para discutir a situação do Afeganistão.

Governos estrangeiros, incluindo os Estados Unidos, declararam que é preciso que haja uma mudança nas políticas de educação das mulheres antes de considerar o reconhecimento formal do governo do Talibã, que também está sujeito a pesadas sanções.

“O Talibã não pode esperar ser um membro legítimo da comunidade internacional até que respeite os direitos de todos os afegãos, especialmente os direitos humanos e a liberdade fundamental de mulheres e meninas”, declarou o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, ao conselho, descrevendo a medida como “absolutamente indefensável.”

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