Publicado em 09/04/2025 às 14h55.

Trump anuncia novas tarifas contra a China e impõe limite temporário a taxas recíprocas

Medidas entram em vigor imediatamente e fazem parte da estratégia dos EUA para pressionar Pequim em meio à escalada da guerra comercial

Redação
Foto: Reprodução/Instagram @realdonaldtrump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que limitará as taxas recíprocas a 10% por um período de 90 dias. Ao mesmo tempo, confirmou o aumento das tarifas sobre produtos chineses para 125%, intensificando a retaliação contra o país asiático.

Em publicação em sua rede social, Trump afirmou que as medidas entram em vigor imediatamente.

“Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida, de 10%, também com efeito imediato”, escreveu. No mesmo comunicado, declarou que a elevação das tarifas visa pressionar a China a retomar as negociações.

“Diante da falta de respeito da China pelos mercados globais, estou aumentando a tarifa imposta pelos EUA para 125%, com efeito imediato. Espero que, em breve, a China perceba que os tempos de exploração dos Estados Unidos e de outras nações não são mais sustentáveis nem aceitáveis”, afirmou o republicano.

As novas tarifas, com alíquotas acima de 10%, começaram a valer na madrugada desta quarta-feira e afetam 57 países. Já as taxas de até 10%, como as aplicadas ao Brasil, entraram em vigor no último sábado (5).

A escalada tarifária entre EUA e China ganhou força nesta quarta. Washington aplicou tarifas de 104% aos produtos chineses, e Pequim respondeu com aumento de 84% sobre os bens importados dos Estados Unidos. Além disso, o governo chinês impôs novas restrições a 18 empresas norte-americanas, principalmente dos setores ligados à defesa, somando-se a outras 60 já penalizadas anteriormente por medidas tarifárias do governo Trump.

Em nota oficial, o Ministério das Finanças da China criticou a postura dos EUA. “A escalada das tarifas por parte dos Estados Unidos é um erro sobre outro erro. Ela fere gravemente os direitos e interesses legítimos da China e compromete seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras”, declarou o órgão.

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