Publicado em 05/03/2025 às 12h49.

Trump anuncia tarifaço contra Brasil e outros países a partir de abril

Medida impõe taxação "recíproca" sobre importações e gera reações de países como China, México e Canadá

Redação
Foto: White House Archived

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso contundente ao Congresso americano e anunciou a imposição de um tarifaço “recíproco” contra diversos países, incluindo o Brasil. Segundo o republicano, as medidas entrarão em vigor em 2 de abril.

Durante um pronunciamento aos parlamentares em Washington D.C., na terça-feira (4) — madrugada de quarta no Brasil —, Trump afirmou que os Estados Unidos vêm sendo “roubados” há décadas por outras nações e que essa situação não será mais tolerada.

“A partir de 2 de abril, tarifas recíprocas entrarão em vigor. Não importa o valor que eles nos taxarem, nós os taxaremos na mesma proporção”, declarou.

O presidente norte-americano criticou a política comercial de diversos países, alegando que os Estados Unidos são prejudicados por tarifas desproporcionais.

“Outros países vêm aplicando tarifas contra nós há décadas, e agora chegou a nossa vez de revidar. Em média, a União Europeia, China, Brasil, Índia, México e Canadá — vocês já ouviram falar deles — e várias outras nações nos cobram tarifas muito mais altas do que nós cobramos deles. Isso é extremamente injusto”, afirmou Trump.

O tarifaço passou a vigorar na terça-feira (4), estabelecendo uma taxação de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México. A China também foi afetada pela medida fiscal do governo republicano. Em resposta, Pequim anunciou a aplicação de uma tarifa de 15% sobre produtos como frango, trigo, milho e algodão, além de uma taxa de 10% sobre importações americanas de soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios.

Em entrevista, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reforçou que o país não cederá às pressões dos Estados Unidos.

“Pressão, coerção e ameaças não são a abordagem correta para lidar com a China. Tentar exercer pressão máxima sobre o país é um erro de cálculo”, afirmou Lin. “Se os EUA insistirem em travar uma guerra tarifária, comercial ou de qualquer outro tipo, a China resistirá até o fim”, acrescentou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.