Publicado em 20/04/2025 às 21h40.

Trump avalia fechar embaixadas na África e acabar com áreas para clima e direitos humanos

Minuta de decreto propõe reorganização do Departamento de Estado, com eliminação de divisão de assuntos africanos

Redação
Foto: White House Archived

 

O governo de Donald Trump avalia reduzir drasticamente sua presença diplomática na África, além de eliminar as divisões do Departamento de Estado responsáveis por mudanças climáticas, democracia e direitos humanos, segundo um decreto que está sendo elaborado pela Casa Branca.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, desmentiu a existência da minuta do decreto, revelada pelo jornal The New York Times, dizendo se tratar de uma farsa. “São notícias falsas”, escreveu Rubio no domingo (20) em sua conta na rede social X.

A agência de notícias AFP, no entanto, teve acesso a uma cópia da minuta do decreto, e o texto prevê uma “reorganização estrutural completa” do Departamento de Estado até 1º de outubro deste ano.

O objetivo, segundo o texto preliminar, é “agilizar a execução das missões, projetar o poder dos EUA no exterior, reduzir o desperdício, a fraude e o abuso, e alinhar o Departamento à doutrina estratégica ‘Estados Unidos em Primeiro Lugar'”.

A mudança mais importante seria organizar o trabalho diplomático americano em quatro regiões: Eurásia, Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico.

O decreto fecharia o Departamento de Assuntos Africanos, uma agência que supervisiona a política dos EUA em todo o continente desde sua abertura em 1958. As operações na África Subsaariana seriam lideradas por um enviado especial para assuntos africanos.

“Todas as embaixadas e consulados não essenciais na África Subsaariana serão fechados”, afirma o texto que está em análise.

A minuta afirma que o enviado especial para a África se concentraria em quatro prioridades dos EUA no continente: contra-terrorismo; diplomacia promovendo os interesses dos EUA para “questões temporárias específicas”; vigilância sanitária e coordenação de epidemias; e a extração estratégica e comércio de minerais críticos.

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