Publicado em 16/09/2025 às 09h30.

Trump entra com processo contra o New York Times por difamação e calúnia

Ação também inclui editora que publicou livro sobre ele durante o período eleitoral americano no ano passado

Redação
Foto: White House Archived

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo contra o jornal americano New York Times, quatro jornalistas do veículo e também contra a editora Penguin Random House, pedindo, ao menos, US$ 15 bilhões (R$ 79,8 bilhões) em indenização por difamação e calúnia. A ação foi registrada em um tribunal federal do estado da Flórida, na segunda-feira (15), segundo informações da agência britânica Reuters e do portal InfoMoney.

A ação é referente a uma série de artigos publicados pelo jornal, que incluem um editoral publicado antes das eleições do ano passado que classificava Trump com inapto para o cargo. Já a editora entrou no caso por conta do lançamento do livro “Lucky Loser: How Donald Trump Squandered His Father’s Fortune and Created the Illusion of Success” (Perdedor sortudo: como Donald Trump desperdiçou a fortuna de seu pai e criou a ilusão de sucesso, em tradução livre), que foi veiculado na mesma época.

“Os réus publicaram maliciosamente o livro e os artigos sabendo que estavam cheios de distorções repugnantes e fabricações sobre o presidente Trump”, diz o documento apresentado à Justiça.

A defesa do presidente afirma que as publicações causaram significativos danos à reputação pessoal e empresarial de Trump, com impacto econômico relevante em seus negócios. O processo cita como exemplo a desvalorização das ações da Trump Media and Technology Group (TMTG).

“Hoje tenho a grande honra de abrir um processo de US$ 15 bilhões por difamação e calúnia contra o New York Times”, escreveu Trump em sua rede Truth Social. Ele ainda acusou o jornal de mentir sobre sua família, seus negócios e sobre movimentos republicanos como o Make America Great Again.

O processo apenas dias após Trump ter ameaçado processar o jornal por outro caso: as reportagens relacionadas a seu envolvimento com o financista Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais em 2008, que morreu na cadeia em 2019.

O presidente afirma ter cortado laços com Epstein antes do início dos processos judiciais em 2006. Mas, reportagens do jornal contestam essa versão, apresentando fortes evidências de que o laço entre os dois – Epstein é apontado como tendo sido um dos “melhores amigos” de Trump – teria continuado até o falecimento do financista.

Trump tem intensificado suas ofensivas judiciais contra veículos de imprensa em seu segundo mandato. No início deste ano, Trump processou o Wall Street Journal e seus controladores, incluindo Rupert Murdoch, em ação de pelo menos US$ 10 bilhões. Em julho, a Paramount, dona da CBS, fez acordo em um processo aberto por Trump, que alegava edição enganosa de uma entrevista exibida pelo programa 60 Minutes.

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