Publicado em 12/04/2025 às 15h20.

Trump exclui computadores, smartphones e chips de tarifas da China e resto do mundo

Medida também retirou da lista itens como discos rígidos e processadores, que em geral não são fabricados pelos Estados Unidos

Redação
Foto: Apple/Divulgação

 

O governo de Donald Trump anunciou que smartphones, chips, pendrives, computadores e outros componentes eletrônicos ficarão isentos das novas tarifas em vigor neste sábado (12), de 145% sobre importações da China e de 10% sobre outros países.

A lista também inclui laptops, discos rígidos, processadores de computador e chips de memória —itens que, em geral, não são fabricados pelos Estados Unidos.

A medida foi anunciada na sexta (12), após o líder chinês, Xi Jinping, retaliar o tarifaço de Trump com taxação de 125% sobre todos os produtos americanos.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o alívio nas tarifas pode ser passageiro: as tarifas dos produtos excluídos podem ser substituídas em breve por outras alíquotas, mais baixas. A agência apontou que a medida protege consumidores de um choque nos preços, e ao mesmo tempo beneficia gigantes da tecnologia como a Apple e a Samsung.

Para empresas como a Apple, a notícia é um alívio: um iPhone de US$ 1.000, por exemplo, poderia receber um imposto de até US$ 700 com as novas tarifas de até 145%.

O caso do iPhone é emblemático. Em relatório publicado antes da decisão, a consultoria TechInsights, voltada à indústria de semicondutores, afirmou que a fabricação nos EUA de um iPhone, hoje enraizada na China, poderia elevar o preço do smartphone a US$ 3.500 (R$ 20,5 mil).

A análise usa como base o iPhone 16 Pro com 256 GB de armazenamento. Nos EUA, o produto custa hoje US$ 1.099 (R$ 6.450, sem considerar impostos).

Um dos objetivos de Trump é forçar as empresas a fabricar produtos —e gerar empregos— nos Estados Unidos. Mas a consultoria considera improvável a mudança da produção do celular para solo americano. Isso exigiria anos de investimento em automação e infraestrutura para se alcançar o patamar de 200 milhões de smartphones fabricados.

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