Publicado em 27/06/2024 às 11h27.

Ucrânia anuncia acordo de segurança com a União Europeia

Medida é mais um passo de Zelenski em busca da entrada no bloco europeu

Redação
Foto: Reprodução / Facebook

 

Um acordo entre a União Europeia e a Ucrânia pela segurança do país, em guerra desde 2022 com a Rússia, foi firmado nesta quinta-feira (27). O presidente Volodmir Zelenski anunciou oficialmente a assinatura por meio de suas redes sociais. O acordo vem dois dias após o governo ucraniano iniciar formalmente as negociações para aderir ao bloco, com o presidente em Bruxelas para participar da reunião do Conselho Europeu.

“Assinaremos três acordos de segurança, um deles com a UE em seu conjunto”, “Pela primeira vez, o acordo consagrará o compromisso dos 27 Estados-membros de oferecer amplo apoio à Ucrânia, independente de qualquer mudança institucional interna” escreveu o presidente em sua conta na rede social X.

Segundo matéria do Estadão, na chegada a capital belga, Zelenski agradeceu pelo apoio, mas enfatizou que as armas e equipamentos militares que tem sido prometidos precisam chegar “urgentemente” ao campo de batalha. “Precisamos trabalhar nos próximos passos”, disse o presidente ucraniano, que pretende aproveitar a reunião para discutir “questões urgentes – defesa aérea, por exemplo.”

No campo de batalha, as forças russas tentam aproveitar sua vantagem em número de tropas e armamento antes que as tropas da Ucrânia sejam reforçadas pela nova ajuda militar ocidental prometida, que tem chegado lentamente à linha de frente, afirmam analistas.

Acordos de segurança

O acordo com o bloco europeu apesar de importante não é inédito, a Ucrânia já assinou 17 acordos bilaterais de segurança similares, com países como Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e Japão. Embora não sejam pactos de defesa mútua em caso de agressão, os acordos comprometem os signatários a apoiar a Ucrânia com ajuda militar, financeira, humanitária e política a longo prazo.

O compromisso com os norte-americanos foi firmado no início deste mês, como parte dos esforços de Washington para desenvolver as capacidades militares da Ucrânia, que sofre com a falta de armas e munições no campo de batalha, e tornar a defesa do país autossuficiente. O acordo de dez anos visa manter o apoio de administrações futuras a Kiev em meio aos temores de que, se eleito, Donald Trump poderia forçar a Ucrânia a ceder território para Rússia.

O ex-presidente já disse que resolveria a guerra em “24 horas”, sugerindo que teria feito um acordo para evitar o conflito. No Congresso, republicanos linha-dura bloquearam por meses o pacote de segurança com US$ 61 bilhões em ajuda para Ucrânia.

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