Publicado em 01/09/2025 às 13h45.

Expo Uauá promove papel da Bahia no setor de caprinovinocultura

Evento durou 3 dias e contou com a presença de produtores, criadores e especialistas

Redação
Foto: Ascom/Seagri

 

A Expo Uauá, encerrada no domingo (31), consolidou mais uma vez a posição da Bahia como líder na caprinovinocultura. Durante três dias, o município de Uauá recebeu produtores, criadores e especialistas em torno de 2 mil animais de alta qualidade genética, movimentando um mercado onde campeões podem alcançar valores até 30 vezes superiores ao preço comum.

A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) foi parceira do evento, possibilitando a estrutura necessária tanto para os animais quanto para tratadores, criadores e a população que visitou os espaços. Equipes especializadas da pasta acompanharam cada etapa, desde a chegada dos primeiros animais até a organização e entrega das premiações aos criadores.

“A ExpoUauá representa o compromisso do Governo da Bahia com o fortalecimento da caprinovinocultura e a economia do semiárido”, destacou Pablo Barrozo, secretário estadual da Seagri. “Eventos como este consolidam nossa posição de liderança nacional no setor e demonstram como políticas públicas adequadas podem transformar tradição em desenvolvimento sustentável”, afirmou Barrozo.

Além da exposição de animais, a programação incluiu shows, feira gastronômica e espaços de negócios. Segundo Carlos Ramalho, presidente da AUCCO, o evento “foi uma oportunidade de valorizar nossa tradição e fortalecer a caprinovinocultura”.

O prefeito de Uauá, Marcos Lobo acrescenta que a festa também celebra a cultura do povo uauaense. “A programação consolida Uauá como destino do turismo rural e foi pensada para valorizar nossa cultura”, ressaltou.

Padrões de excelência

A validação técnica para que os animais fossem liberados para competição ficou a cargo de médicos veterinários da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), responsáveis por manter os padrões sanitários. Os profissionais conduziram orientações sobre manejo, avaliações sanitárias e verificações de conformidade, assegurando que cada animal atendesse aos critérios nacionais.

Os critérios de avaliação na competição seguem padrões técnicos rigorosos, conforme explicou Ivaldo Bonfim, técnico da Seagri. “Idade, peso, finalidade e conformação, cada detalhe influencia na classificação final. Os rankings estaduais e nacionais das competições acumularam pontos que reforçam a valorização dos criadores e das raças.”, afirmou

Mercado aquecido

Na arena de julgamento, o jurado e médico veterinário Wilson Fraga, credenciado pelo Ministério da Agricultura, avaliou criteriosamente cada animal. A raça Dorper, segundo o jurado, é voltada para produção de carne e dominou as competições. “Os campeões alcançam valores até 20 ou 30 vezes superiores ao preço de mercado, sendo utilizados em programas de reprodução e melhoramento genético”, explicou.

Raças caprinas de corte como Anglo-Lubiana e Boé compartilharam os pavilhões com as leiteiras Saane, Togamburg e Parda Alpina, enquanto os ovinos apresentaram exemplares das raças Dorper, White Dorper, Santa Inês e Morada Nova. Placas em cada baia detalhavam origem, linhagem e histórico reprodutivo, transformando o espaço em verdadeiro catálogo genético.

Dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, confirmam que a Bahia registrou o maior crescimento do país no efetivo de caprinos e ovinos entre 2022 e 2023. O rebanho de caprinos cresceu 5,8%, enquanto o de ovinos avançou 7,4%, mantendo o estado na liderança nacional em quantidade de animais.

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