Publicado em 13/12/2024 às 17h24.

Fugitivos de presídio foram indiciados por 37 mortes na região

Na lista de crimes estão homicídios qualificados, latrocínios, queimas de ônibus e até um assassinato de policial militar

Redação
Foto: Seap/montagem Correio

 

Os 16 detentos do núcleo da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), que escaparam do Conjunto Penal da cidade no final da noite dessa quinta-feira (12), são responsáveis por 37 indiciamentos por mortes violentas em Eunápolis e municípios vizinhos. Na lista de crimes estão homicídios qualificados, latrocínios, queimas de ônibus e até um assassinato de policial militar.

Além de Ednaldo Pereira Souza, o Dadá, que chefia o PCE e se apresenta como o foragido mais perigoso do grupo, há criminosos com uma ficha extensa de crimes. No caso da morte do agente de segurança, por exemplo, o crime é atribuído a Altieri Amaral de Araújo e aconteceu em Barrolândia, distrito da cidade de Belmonte, a cerca de 57 km de Eunápolis.

Na ocasião, durante um assalto, Altieri e outro criminoso assaltaram um mercado em uma ação que acabou na morte do policial. Na ficha dos suspeitos, há crimes de motivo torpe executados apenas para demonstrar o poder da facção, como a morte de uma pessoa de cadeira de rodas em 2014, que foi executada a sangue frio por Sirlon Risério Dias Silva, que já foi indiciado por homicídio simples, homicídio qualificado e tráfico de drogas. As informações constam em documentos do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) e foram divulgadas pelo Correio.

Entre os detentos fugitivos, há indivíduos especialmente perigosos pelo quantitativo de registros de homicídios praticados. Um policial militar da região, que foi consultado pela reportagem e prefere não se identificar, destaca dois deles: Fernandes Pereira Queiroz e Rubens Lourenço dos Santos. Segundo matéria do Correio, no sistema do TJ-BA, há seis indiciamentos de homicídios qualificados contra Fernandes e sete crimes do mesmo tipo atribuídos a Rubens.

Assim como passou a acontecer em Salvador nos últimos anos, a facção do PCE tinha a prática de incendiar ônibus para provocar medo na população e desafiar o poder público. O principal responsável por esses crimes foi Geifson de Jesus Souza que, em dois meses, queimou dois ônibus diferentes no bairro de Juca Rosa e Rosa Neto, em Eunápolis, após a morte de integrantes da facção.

Os outros criminosos reúnem mais registros de homicídios simples, qualificados, roubo majorado, tráfico de drogas, latrocínio e associação criminosa. Nenhum dos 16 fugitivos foi capturado e apenas um homem, que seria suspeito de ajudar na fuga, foi preso em Eunápolis.

Veja abaixo a lista de crimes pelos quais cada um foi indiciado:

Sirlon Risério Dias Silva: homicídio simples, homicídio qualificado e tráfico

Mateus de Amaral Oliveira: homicídio qualificado e roubo

Geifson de Jesus Souza: queima de ônibus, tráfico e porte arma

Ednaldo Pereira Souza: tráfico, homicídios e roubos

Anderson de Oliveira Lima: três indiciamentos por homicídio qualificado

Altieri Amaral de Araújo: dois homicídios qualificados e um latrocínio

Anailton Souza Santos: homicídio qualificado, porte de arma e tráfico

Fernandes Pereira Queiroz: seis homicídios qualificados

Giliard da Silva Moura: homicídio, tráfico e crime de tortura

Rubens Lourenço dos Santos: sete homicídios qualificados

Valtinei dos Santos Lima: latrocínio

Romildo Pereira dos Santos: dois homicídios qualificados e tráfico de drogas

Thiago Almeida Ribeiro: sem indiciamento público registrado

Idário Silva Dias: quatro homicídios qualificados

Isaac Silva Ferreira: quatro homicídios qualificados

William Ferreira Miranda: homicídios simples e dois homicídios qualificados

 

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