Publicado em 05/11/2021 às 08h12.

Jornalista trans sofre perseguição e é ameaçada no interior da Bahia

Em seu programa, a repórter faz duras críticas à administração pública da cidade

Redação
Foto: Reprodução, Instagram/@alanarochareporter
Foto: Reprodução, Instagram/@alanarochareporter

 

A apresentadora baiana do Jornal da Gazeta FM, Alana Rocha, revelou a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ter sofrido ofensas e perseguição de um funcionário da prefeitura de Riachão do Jacuípe, a cerca de 200 km de Salvador, no dia 1º de novembro de 2021.

A jornalista conseguiu gravar o funcionário em uma das perseguições. Nas imagens, um homem aparece conduzindo uma motocicleta e, segundo ela, o suspeito teria feito xingamentos transfóbicos.

Alana trabalhou na TV Aratu até outubro de 2018. A partir daí passou a trabalhar em sua cidade natal. Em seu programa e blog Hora da Verdade, a jornalista faz duras críticas à administração pública de Riachão.

“O programa já tem o histórico de dar voz à população, seja na esfera criminal, seja referente a problemas de segurança ou mesmo de gestão. E isso incomoda as autoridades”, afirmou.

De acordo com o Abraji, a apresentadora responde a cinco processos judiciais. Quatro envolvem supostos crimes de calúnia, injúria e difamação, sendo que dois partiram de secretários municipais. Ela disse que todos os processos foram movidos por apoiadores do grupo político do prefeito da cidade, Carlinhos Matos (DEM).

A jornalista, que também estaria sofrendo ameaças através das redes sociais, utilizou sua conta oficial no Instagram para revelar que medidas judiciais estão sendo tomadas. “Isso não ficará impune, isso não passará em brancas nuvens, tão pouco pano, apesar de estarem passando sim pano e a mão na cabeça deste ser insano. Medidas judiciais e criminais serão e estão sendo tomadas”, escreveu.

Confira:

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.