Publicado em 24/10/2025 às 14h18.

Raíssa Soares denuncia falta de medicamentos e leitos no Hospital Regional

“O que está acontecendo no Hospital Regional de Porto Seguro é uma vergonha", disse a ex-secretária de Saúde da cidade

Redação
Foto: Assessoria

 

A ex-secretária de Saúde de Porto Seguro e pré-candidata a deputada federal pelo PL, Dra. Raíssa Soares, utilizou as redes sociais nesta quinta-feira (23) para denunciar a situação do Hospital Regional Luís Eduardo Magalhães, localizado no município.

Em um vídeo, ela afirmou que a unidade enfrenta falta de medicamentos, materiais cirúrgicos e leitos, o que tem levado ao cancelamento de cirurgias e à permanência prolongada de pacientes nos corredores.

“O que está acontecendo no Hospital Regional de Porto Seguro é uma vergonha. Eu não posso me calar diante do caos que se instalou no Hospital Luís Eduardo Magalhães. Faltam medicamentos, materiais cirúrgicos, leitos de UTI e até o básico para atender o nosso povo. Cirurgias são canceladas, pacientes sofrem em macas por dias, e famílias vivem um pesadelo tentando garantir o direito à saúde. Chega de omissão. O governo da Bahia precisa ser responsabilizado por esse descaso”, declarou.

Raissa contou que ingressou com uma ação popular junto ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) exigindo que o Estado “cumpra o seu dever constitucional e devolva dignidade aos pacientes e profissionais”. “A saúde está em colapso, e o povo não aguenta mais. A vida dos baianos vale mais do que a incompetência do governo”, acrescentou a médica.

Raíssa relatou que os problemas na unidade não são recentes e vêm se agravando ao longo dos anos. “Há seis anos, desde quando comecei a trabalhar aqui, eu escuto queixas de profissionais de saúde e de pacientes. Pessoas que não conseguem atendimento, que aguardam procedimentos, corredores lotados. Quando o hospital não resolve, o paciente permanece mais tempo. Às vezes falta uma peça para uma cirurgia e um internamento que seria de poucos dias acaba durando muito mais”, afirmou.

A ex-secretária também mencionou que o contrato da atual empresa responsável pela gestão da unidade, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), se encerra no dia 30 de outubro, e que há incertezas sobre a transição para a nova administradora.

“O que está acontecendo é incerteza, insegurança. Esse é o sentimento de quem trabalha aqui dentro. Médicos, técnicos e enfermeiros continuam atuando mesmo sem receber há dois ou três meses e sem insumos, tentando dar um jeito para atender os pacientes”, disse.

Ela também se referiu diretamente ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). “Você está tão preocupado com mais de 19 empréstimos, mas não consegue garantir que os hospitais estaduais tenham a excelência de cuidado que o baiano merece? Está aí preocupado em fazer ponte de Itaparica-Salvador e não garante a gestão com competência de um hospital tão importante como o Luís Eduardo?”, questionou.

Raíssa defendeu que a gestão do hospital seja transferida para o município. “O prefeito de Porto Seguro acabou de conseguir autorização da Câmara de Vereadores para fornecer materiais e medicamentos para o hospital. Se o Estado não consegue gerir, que entregue ao município”, completou a ex-secretária da cidade.

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