Publicado em 28/08/2025 às 14h10.

Setur inclui município baiano em novo roteiro turístico estadual

Visita ao Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, no distrito de Caboto, em Candeias, vai compor zona turística da Baía de Todos-os-Santos

Redação
Foto: Tiago Queiroz/Ascom SeturBA

 

A convite da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), 20 agentes de viagens que atuam na Bahia participaram, na quarta-feira (27), de uma visita ao Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, no distrito de Caboto, em Candeias, na zona turística da Baía de Todos-os-Santos. O equipamento passou por obras de requalificação estrutural e recuperação do acervo, em um investimento de quase R$ 42 milhões do Governo do Estado, por meio da Setur-BA, como parte das ações do programa Prodetur, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Os agentes conferiram as intervenções no conjunto arquitetônico colonial, que engloba o casarão, a capela e o engenho de açúcar, além do novo atracadouro, que abriu acesso marítimo ao museu. Ele oferece receptivo náutico, restaurante, lojas e espaço para eventos e exposições. O acervo de mais de 200 peças e achados arqueológicos, que remontam ao Ciclo do Açúcar, é administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).

A visita teve como objetivo reunir subsídios para a elaboração de um roteiro turístico que contemple o espaço, ampliando as opções de experiências na região da Baía de Todos os Santos, a partir da inauguração do museu, que irá acontecer em breve.

“Está tudo preparado. Todas as exposições já estão montadas e contamos com a infraestrutura necessária para receber turistas, seja por estrada ou usando barco. O visitante vai encontrar áreas de descanso, internet, guarda-volumes, além de muito conteúdo. Temos três tipos de roteiros: o geral, que percorre toda a área externa do museu; o histórico; e o temático, ligado às exposições temporárias”, destacou a coordenadora do museu, Daniela Steele.

“O produto, como foi apresentado, já mostra grande potencial. O museu abre uma oportunidade rara de combinar turismo náutico com história e cultura, oferecendo uma estrutura acessível, com atracadouro e um trajeto curto de navegação, a partir de Salvador. É um atrativo que pode enriquecer tanto os roteiros tradicionais quanto inspirar novos passeios”, avaliou o agente de viagens Ângelo Rangel.

Para o agente Norbert Leitsch, “existe potencial para incluir o museu nos roteiros dos cruzeiros que passam por Salvador, com uma programação de quatro horas, saindo do porto para visita ao equipamento e à comunidade quilombola do entorno”.

“Trouxemos os agentes como parte das ações de incentivo à diversificação da oferta turística no estado, para disponibilizar novas possibilidades aos turistas nacionais e estrangeiros que desembarcam na Bahia”, pontuou o diretor de Regulação e Certificação da Setur-BA, Divaldo Borges, que acompanhou o grupo na visita.

História

Instalado no antigo Engenho Freguesia, o museu integra um conjunto arquitetônico do século XVII. O casarão servia como residência do capitão-mor Cristóvão da Rocha Pita, que foi proprietário do estabelecimento.

Com o declínio da produção açucareira, o engenho passou por sucessivas mudanças de proprietários até ser adquirido pelo Governo do Estado da Bahia, em 1968. Restaurado entre 1970 e 1971, o espaço tornou-se o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho. O imóvel é tombado como patrimônio nacional, desde 1944.

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