Publicado em 22/08/2024 às 17h41.

UPA da cidade é denunciada por superlotação; Prefeitura nega acusações

"É uma mentira do Estado essa informação", afirmou o prefeito Colbert Martins

Redação
Foto: Reprodução/Gov.ba

 

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Estadual de Feira de Santana, localizada ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e administrada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), enfrenta uma situação de superlotação, com 183% da capacidade ocupada. Segundo a direção médica, o aumento expressivo na demanda decorre da paralisação de servidores em algumas unidades de saúde municipais, o que tem levado pacientes a buscarem atendimento na UPA Estadual.

Com 24 leitos e oferta de assistência nas áreas de clínica geral, ortopedia e pediatria, a unidade tem concentrado seus esforços no atendimento de pacientes classificados como de risco vermelho, que necessitam de cuidados imediatos. Entretanto, aqueles classificados nas cores azul e verde, com casos menos urgentes, têm enfrentado tempos de espera superiores ao habitual.

Coordenador médico da UPA Estadual, o médico José Luiz destaca a gravidade da situação. “Estamos sobrecarregados, hoje com mais de 50 pacientes internados na unidade. Esse cenário tem sido agravado pela procura de pacientes, geralmente vindos de unidades de saúde municipais, resultando em uma pressão insustentável para a equipe. Além disso, a maioria dos pacientes que chegam até nós já apresentam quadros graves, o que demanda mais tempo de atendimento e, em muitos casos, até necessidade de internação”, alertou.

Já a Prefeitura de Feira de Santana negou as acusações de superlotação. “É uma mentira do Estado essa informação. Contamos com duas UPAs e sete policlínicas, inclusive na zona rural, todas funcionando 24 horas por dia, equipadas com salas vermelhas, respiradores e ambulâncias para atender os níveis mais graves de necessidade. Além disso, muitos dos médicos que trabalham na UPA do estado também prestam serviços nas nossas unidades municipais. A verdade é que estamos fazendo o possível para garantir o melhor atendimento para a nossa população, já que o Estado não vem cumprindo seu papel. Precisa abrir uma nova UPA e ampliar leitos em Feira de Santana. Esse ano, já registramos 195 mortes na fila da regulação. O Governo do Estado precisa agir”, afirmou o prefeito Colbert Martins em nota à imprensa.

Confira nota na íntegra:

“A Prefeitura de Feira de Santana vem a público esclarecer que as informações divulgadas pela direção da Universidade de Pronto Atendimento- UPA Estadual, administrada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), sobre uma suposta superlotação de 183% devido à paralisação de serviços de saúde municipais não correspondem à realidade.

Nesta quinta-feira (22), as unidades de saúde da rede municipal estão funcionando sem qualquer paralisação que pudesse justificar a alegação de superlotação na UPA Estadual. Para se ter uma ideia, foram realizados mais de 4.485 atendimentos nas nossas upas e policlínicas nesta quinta-feira, até às 15h. Em 2023, somente nas UPAs e Policlínicas mais de 2,6 milhões de atendimentos foram efetuados. Esse ano, já somam 2.016.435 (dois milhões, 16 mil, quatrocentos e trinta e cinco) atendimentos.

“Hoje, estamos com 46 pacientes aguardando regulação. A capacidade da UPA da Queimadinha é de 14 leitos e estamos com 19 pacientes internados”, comentou a coordenadora-geral da UPAs e Policlínicas, Vera Lúcia Galindo.

É importante destacar que o município possui uma rede de saúde robusta, comprometida em atender à população com eficiência e qualidade, com todos os esforços direcionados para garantir que nenhum cidadão fique desassistido. A prefeitura lamenta a disseminação de informações que não condizem com a realidade e que podem gerar pânico desnecessário na população.

Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a prestação de serviços de saúde de excelência para todos os moradores de Feira de Santana.”

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