Publicado em 17/09/2025 às 16h55.

Vice-prefeito de Maragogipe alerta MP sobre risco em píer

O evento marcou o início do projeto “MP a Bordo – Travessia Legal e Segura”

Redação
Foto: Reprodução

 

Durante o lançamento do projeto “MP a Bordo – Travessia Legal e Segura”, realizado na manhã desta quarta-feira (17) pelo Ministério Público da Bahia (MP), o vice-prefeito de Maragogipe, Dr. Adhemar, fez um alerta contundente sobre as condições críticas do píer de embarque do município.

Segundo ele, a estrutura — utilizada diariamente por moradores da zona ribeirinha e por mais de 60 crianças que atravessam de lancha para estudar — está em ruínas. “Essa é uma tragédia anunciada, porque aquele píer vai cair por falta de manutenção”, disparou.

Dr. Adhemar revelou que, há cerca de cinco anos, foi firmado um convênio com o Governo do Estado para reforma da estrutura, inicialmente orçada em R$ 5 milhões.

No entanto, uma vistoria técnica feita pela empresa vencedora da licitação elevou o custo para R$ 25 milhões, após constatar que a parte inferior do píer estava totalmente destruída, com pilares corroídos há mais de uma década. “O Governo já esteve lá, mas nada foi feito. A população ribeirinha desembarca e embarca todos os dias naquele local”, completou.

O apelo do vice-prefeito ocorreu diante de autoridades como o procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, além de representantes da Agerba, Procon, Codecon, Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros e de diversas prefeituras da Bahia.

Visivelmente preocupado, Dr. Adhemar clamou pela atuação urgente do MP em Maragogipe, solicitando uma visita técnica ao píer. “Faço um apelo para que o Ministério Público vá a Maragogipe ver o que estou dizendo. Se essa tragédia acontecer, todos vão lembrar desse alerta”, disse.

O evento marcou o início do projeto “MP a Bordo – Travessia Legal e Segura”, que tem como objetivo mapear o sistema de transporte hidroviário de passageiros na Bahia e promover ações fiscalizatórias, preventivas e corretivas.

A promotora de Justiça Thelma Leal, responsável pela iniciativa, destacou que o transporte por água no estado tem sido prestado de forma precária, sem segurança e estrutura básica. Em muitos locais, embarques e desembarques ocorrem sem qualquer tipo de cobertura, sinalização, acessibilidade ou equipamentos de segurança.

A proposta do MP é diagnosticar a situação real de terminais, operadores, embarcações, rotas, tarifas e legislação vigente. A partir desse levantamento, o órgão pretende mobilizar os entes públicos responsáveis para garantir melhorias estruturais e legais.

 

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