Publicado em 21/05/2024 às 14h56.

‘A direita sensata tem de se unir para tirar o PT do poder em 2026’, diz Luiz Felipe D’Avila

Para o candidato do Novo à Presidência em 2022, ‘vai ser um desastre’ para o País se a direita estiver dividida no próximo pleito e a ‘esquerda retrógrada’ continuar no governo

Redação
Foto: Reprodução/Instagram

 

O cientista político Luiz Felipe D’Avila, de 60 anos, candidato do Novo à Presidência em 2022, tem pela frente uma missão espinhosa, que ele mesmo se colocou: unir a direita para disputar o pleito de 2026 com chances concretas de vencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve buscar a reeleição, e tirar o PT do poder. A informação é de uma entrevista em que D’Avila concedeu ao Estadão.

“Meu papel principal agora é trabalhar para tentar unir a direita”, afirma D’Avila, que lança nesta quarta-feira, 22, em São Paulo, seu novo livro Vire à direita, Siga em frente – Manifesto da direita sensata para derrotar a esquerda (Ed. Edições 70). De acordo com ele, a união das correntes que fazem parte do grupo deve se dar em torno de propostas, abordadas em detalhes no livro, e a escolha do nome do candidato para enfrentar Lula deve ficar para mais adiante, acrescenta o Estadão.

“Nós precisamos disso para o Brasil. Se a direita estiver dividida na eleição, nós vamos manter o PT no poder – e é isso que a direita não quer. Nem a direita bolsonarista nem a direita que eu chamo de ‘direita sensata’, a direita liberal”, diz. “Se o governo petista continuar a partir de 2027, vai ser um desastre.”

Na entrevista ao Estadão, D’Avila adianta, porém, que, ao contrário das eleições passadas, marcadas pela polarização entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, desta vez a “direita sensata” tem vários nomes que poderão representá-la na disputa. “Na eleição de 2022, infelizmente, nós elegemos um populista para a Presidência da República. Mas, felizmente, tivemos uma das melhores safras de governadores desde a redemocratização, com foco na pauta da direita sensata”, afirma. “Tem os governadores Tarcísio (de Freitas) em São Paulo, o Ratinho Júnior, no Paraná, o (Ronaldo) Caiado em Goiás, o (Romeu) Zema, em Minas, e a (ex-ministra da Agricultura) Tereza Cristina, que está no Senado.”

Ainda segundo o Estadão, D’Avila, que diz não saber ainda se disputará algum cargo em 2026, afirma também que o compromisso desse frentão que ele pretende articular para vencer a “esquerda retrógrada” é combater “os três males” que afligem o País: o populismo, o nacional-estatismo e o Estado ineficiente. Para ele, “a turma do (ex-ministro da Economia) Paulo Guedes” cabe nesse “bonde” da “direita sensata”, assim como o que chama de “esquerda inteligente”. “Se estiver de acordo com a agenda mínima que eu proponho no livro, acredito que cabe todo mundo.”

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