Publicado em 28/06/2024 às 14h58.

‘A Vale está muito quietinha e sabe que tem de pagar’, diz Lula em MG

Presidente da República cobrou reparação pelos danos causados nos municípios de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), afetados por rompimentos de barragens, em 2015 e 2019

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou suas críticas à Vale, nesta sexta-feira (28), durante cerimônia de anúncio de novos investimentos do governo federal em Minas Gerais, nas áreas de energia e educação, de acordo com informações do portal InfoMoney.

Assim como já havia feito em entrevista a uma emissora de rádio de Minas, Lula cobrou da companhia uma reparação pelos danos causados nos municípios de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), afetados por rompimentos de barragens, respectivamente em 2015 e 2019.

Lula prometeu voltar, em breve, Minas Gerais para visitar as cidades atingidas pela tragédia. “Quero ver o estrago que a Vale fez na cidade de Brumadinho, quero ver o que foi feito em Mariana. A Vale está muito quietinha e sabe que tem de pagar”, disse o presidente da República.

O tamanho do estrago

A barragem de Fundão, em Mariana, rompeu no dia 5 de novembro de 2015, naquele que é considerado o maior desastre ambiental da história do país. Ao todo, 19 pessoas morreram.

Na ocasião, cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração devastaram comunidades, contaminaram o Rio Doce e afluentes e chegaram ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Foram 49 os municípios atingidos pela tragédia.

Em janeiro de 2019, um novo rompimento em outra barragem da Vale, em Brumadinho, deixou 270 mortos e um rastro de destruição. Milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração foram despejados na bacia do Rio Paraopeba.

Mais cedo, em entrevista à Rádio O Tempo FM, Lula já havia criticado a empresa. “Estou predisposto a negociar a dívida da Vale não com Minas Gerais, mas com o povo da região que foi solapada pelas barragens Mariana e Brumadinho”, disse Lula.

“Aquele povo tem de receber suas casas, aquele povo tem de receber indenização. O rio tem de ser recuperado. E a Vale está lá com dinheiro aplicado, sem querer pagar. Vamos também fazer acordo para que a Vale pague essa dívida”, ressaltou.

 

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