Publicado em 14/10/2024 às 12h50.

‘Absolutamente inaceitáveis’: Brasil condena ataques de Israel à base da ONU no Líbano

Tropas israelenses invadiram base das forças de paz da ONU no Líbano no último domingo (13)

Redação
Foto: Agência Brasil

 

O Ministério das Relações Exteriores, Mauro Vieira, condenou a invasão de uma base da ONU no Líbano por Israel. Em uma nota divulgada nesta segunda-feira (14), o governo brasileiro afirmou que os atos são inaceitáveis. “O Brasil condena veementemente a invasão ontem, 13 de outubro, de base da missão de paz da ONU no Líbano (Unifil) pelas forças armadas de Israel”, afirma o Itamaraty.

“Trata-se do terceiro dia com registros de ataques de forças israelenses a integrantes ou instalações da Unifil desde a semana passada. Cinco integrantes da missão de paz foram feridos nesses ataques”. “Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, acrescenta.

“O governo brasileiro também deplora manifestação do governo israelense, na qual apela pela retirada da Unifil do sul do Líbano. A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano”, conclui a nota do Itamaraty.

Segundo matéria do Estadão, a invasão ocorreu neste domingo (13), contra uma base das forças de paz da ONU no Líbano (Unifil) e ocorre durante a quarta invasão israelense ao país vizinho na história. Dois tanques israelenses destruíram o portão principal da base e ficaram no local por 45 minutos, com tiros disparados na região.

Estabelecida em 1978, durante a primeira invasão de Israel ao Libano, a Unifil foi criada a partir da Resolução 425, adotada pelo Conselho de Segurança da ONU, que determinou a retirada de Israel e criou a missão de paz com o propósito de garantir a paz no sul libanês. A medida, à época, foi motivada pela entrada do país com tropas ao Líbano para lutar contra a Organização para a Libertação da Palestina (OLP)

O alvo atualmente é outro, a milícia xiita Hezbollah, que tem base no território libanês e apoia o grupo extremista palestino Hamas, que realizou o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 em Israel. O conflito, que já deixou mais de 40 mil mortos desde de seu início, já havia atingido outras estruturas da ONU e de missões humanitárias.

Em abril, um ataque aéreo israelense no centro de Gaza matou sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen, liderada pelo chef espanhol José Andrés. O veículo foi atingido ao deixar um armazém em Deir al-Balah, onde havia descarregado mais de cem toneladas de alimentos trazidos pelo mar para o território palestino.

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