ACM Neto será candidato por ele não ter outra alternativa, diz Rosemberg

Líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) afirmou, nesta segunda-feira (22), que o ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao Governo da Bahia em 2026, ACM Neto (União Brasil), só deverá disputar a eleição por não ter outra alternativa política.

“Ele hoje não tem alternativa. Ele é candidato porque não tem alternativa”, disparou o parlamentar. A fala foi feita durante um almoço com a imprensa nesta segunda-feira (22), na ALBA.

Para exemplificar, Rosemberg citou a TV Bahia, emissora pertencente à família ACM. Segundo o deputado, a exposição constante da marca política ao longo de décadas influencia a percepção do eleitorado.

“Estamos falando de uma marca ACM que tem 30 anos, com um conglomerado de comunicação falando todos os dias dessa marca, que entra na casa das pessoas. Qual é, em média, o canal de televisão que mais chega dentro da casa das pessoas? A TV. Então, imagine essa televisão todos os dias solidificando essa marca”, questionou.

O líder governista afirmou ainda que não existe uma estrutura semelhante para fortalecer a imagem do governador Jerônimo Rodrigues (PT). “A percepção inicial é dessa forma. Foi assim também no segundo mandato de Rui [Costa]. ACM Neto aparecia à frente de Rui nas pesquisas. É a força da marca”, disse.

Segundo Rosemberg, quando as pesquisas passam a analisar aspectos qualitativos e de percepção eleitoral, o cenário tende a mudar. “Aí você começa a perceber crescimento de um lado e queda do outro. É questão de tempo para um ultrapassar o outro”, avaliou.

O deputado relembrou que, naquele período, ACM Neto desistiu da disputa ao perceber a mudança de cenário. “O que foi que Neto fez naquele momento? Percebeu isso, retirou o nome dele e colocou o de Zé Ronaldo”, afirmou.

Rosemberg também citou um episódio recente ocorrido durante um evento agropecuário realizado no bairro da Barra, em Salvador. Segundo ele, a presença de ACM Neto teria sido discreta.

“Eu ando onde ele anda. Fui à Barra, em um evento de uma exposição agropecuária, um segmento historicamente mais alinhado a ele do que a nós. Quando ele chegou, veio acompanhado basicamente das pessoas que viajaram com ele e de um número muito pequeno de participantes do evento”, relatou.

De acordo com o deputado, a chegada da comitiva governista gerou maior movimentação no local. “Quando nós chegamos, junto com o secretário de Agricultura e o staff do governo, houve uma movimentação muito maior. Tanto que ele não esperou a abertura oficial da exposição, possivelmente receoso de uma comparação direta entre os grupos”, concluiu.