Publicado em 11/10/2022 às 09h32.

Advogados pedem que STF investigue declarações de Damares sobre estupro de crianças

A ex-ministra disse que crianças brasileiras de 3 e 4 anos foram traficadas na Ilha de Marajó (PA) e tiveram os dentes arrancados para 'não morderem na hora do sexo oral'

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O grupo Prerrogativas, que reúne advogados e juristas, está entrando com representações no Ministério Público Federal (MPF) e no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo que sejam investigadas as declarações feitas pela ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) em um templo evangélico, no último sábado (8), em Goiânia.

Na ocasião, Damares disse que crianças brasileiras de três e quatro anos foram traficadas na Ilha de Marajó (PA) —lugar que fica próximo à fronteira com Suriname e Guiana Francesa— e tiveram os dentes arrancados para “não morderem na hora do sexo oral”.

Advogados do grupo pedem ao STF e ao MPF que, caso as declarações da ex-ministra sejam verdadeiras, Damares e Bolsonaro expliquem quais medidas tomaram para a “apuração de tamanhas atrocidades”. É requisitado também que eles sejam investigados por prevaricação, uma vez que não teriam tomado qualquer providência ao tomarem conhecimento do que ocorria no local.

 O grupo não descarta que as falas de Damares sejam “mentirosas’ e que teriam o objetivo de “alimentar discursos de ódio e tumultuar o processo eleitoral”. Desta forma, eles cobram também que a ex-ministra seja intimada a apresentar “provas do que alegou”.

O grupo pede ainda que sejam “tomadas medidas urgentes” para evitar a propagação de mentiras. E adverte que o vídeo de Damares tem sido divulgado como material de campanha eleitoral nas redes de Flávio Bolsonaro, que tenta ligar as falas da ex-ministra a “resquícios de PT pelo Brasil”.

 

Temas: mpf , damares

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.