Publicado em 11/04/2025 às 21h40.

Aladilce rebate Bruno Reis e reafirma que prazo para revisão do PDDU venceu em 2024

“Mas antes disso o prefeito está preocupado em leiloar as áreas verdes da cidade”, disse Aladilce

Redação
Foto: Assessoria/Aladilce Souza

 

“De acordo com o texto do próprio PDDU em vigor, aprovado em 2016, sua revisão deverá acontecer a cada 8 anos, portanto o prazo já venceu desde o ano passado e ele está enrolando a sociedade com esse discurso de que o Estatuto da Cidade define 10 anos. Como se ele cumprisse à risca o Estatuto. O problema é que, antes disso, ele está preocupado em leiloar as áreas verdes que restam na cidade”.

A reação da líder da Bancada de oposição na Câmara Municipal, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), foi em função de declarações de Bruno Reis, na manhã desta sexta-feira (11), ao assinar a entrega da exploração do trecho da Orla Atlântica, entre a Boca do Rio e Patamares, ao grupo carioca Orla Brasil.

Aladilce ressaltou que vários movimentos de moradores e ambientalistas, incluindo órgãos técnicos da área de arquitetura e urbanismo e da academia, estão se mobilizando contra a “aberração” dos leilões de áreas verdes espalhadas pela cidade, que o prefeito classificou como “imprestáveis” por não gerarem arrecadação de impostos.

SOS Áreas Verdes

“O Movimento SOS Áreas Verdes é uma realidade e vai fazer o possível para defender o patrimônio de Salvador. Só o caso absurdo do leilão da encosta do Morro Ipiranga, entre a Barra e Ondina, anulado de forma misteriosa e remarcado para a próxima terça-feira, dia 15, recebeu mais de 70 pedidos de impugnação. Isso é a cidade dizendo um sonoro NÃO a essa negociata comandada pelos interesses da especulação imobiliária”, avisou Aladilce.

Na entrevista o prefeito diz que a consultoria que acompanhará o processo de revisão do PDDU ainda está sendo contratada. E que o alto volume de investimentos no setor imobiliário, atualmente, é um reflexo do PDDU em vigor. “Dá uma passeada na orla, roda a cidade toda e vê o que está ocorrendo. Fruto de um PDDU que agora está chegando à maturidade”, argumentou o prefeito.

Segundo a líder da oposição, Aladilce Souza, com essa declaração o prefeito “passou recibo de que é o mercado imobiliário que está ditando as regras do que pode e do que não pode na cidade”. Mas, ponderou, “não pode ser assim como eles querem, tem que ouvir a cidade, tem que cumprir a lei, tem que preservar as áreas verdes que, ao contrário do que ele prega, servem sim, e muito, para o clima da cidade, para o paisagismo, para o bem estar das pessoas”.

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